Chances da Grécia sair da Zona do Euro são de no mínimo 30%, diz S&P

Saída pode levar as autoridades europeias a responderem mais ativamente os problemas de outros países do PIIGS

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – As chances da Grécia sair da Zona do Euro são de “no mínimo de uma para três”, afirmou a Standard & Poor’s, nesta segunda-feira (4). A saída da Grécia deve ocorrer depois das eleições do dia 17 de junho, cujo resultado mais provável é a vitória de políticos que rejeitam as reformas da Troika – grupo formado pela Comissão Europeia, FMI (Fundo Monetário Internacional) e BCE (Banco Central Europeu).

Essa saída deve danificar seriamente a economia grega e a sua posição fiscal no médio prazo, o que levaria a um novo calote da dívida grega. Por outro lado, ela deve servir de exemplo para a União Europeia, de formas distintas. “Vendo os efeitos da saída da Zona do Euro, outras nações problemáticas não devem seguir o caminho trilhado pela Grécia”, afirma a agência de classificação de risco.

Sem impacto no restante dos PIIGS
Além disso, os países da Zona do Euro que não estão em crise podem iniciar uma nova série de apoio para evitar que essa situação se repita. 

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“Os fazedores de política pública da Europa querem mostrar que a Grécia é um caso especial”, afirma a S&P. Eles destacam que, por conta disso, a saída da Grécia não eleva o risco de que outros PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha) sejam retiradas da união monetária. Assim, esse acontecimento não deve gerar corte de rating para nenhum outro país do continente. 

Resposta das autoridades
O cenário, porém, depende da resposta das instituições europeias, como o BCE e o FMI. “A saída da Grécia pode fortalecer a situação dos outros países, e é provável que o BCE responda mais ativamente à uma elevação dos custos de empréstimos por parte dos outros países”, afirma a agência.

A resposta por parte dos países “centrais” da Zona do Euro, como França e Alemanha, é menos previsível. Isso pode dificultar no longo prazo, já que sem mecanismos financeiros flexíveis, a confiança nas instituições e na própria Zona do Euro será abalada, especialmente entre os países tidos como periféricos. “Isso pode gerar uma nova pressão para a reestruturação de dívida em países afetados, o que pode gerar também novas revisões de rating”, termina a S&P. 

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