Chance de perder grau de investimento e incertezas sobre continuidade de Levy aumentaram

SÃO PAULO – O fim de semana foi decisivo, entre o fim da articulação pedindo pela volta da CPMF e a decisão da presidente Dilma Rousseff de não seguir a recomendação do Ministro da Fazenda Joaquim Levy de apresentar um forte ajuste das contas públicas, principalmente nas áreas do INSS e dos Gastos Sociais.

Com isso, o governo apresentará um orçamento para 2016 com previsão de déficit. Desta forma, avalia a LCA Consultores, aumentam as chances de perda do grau de investimento do país como crescerão ainda mais as incertezas da continuidade do Ministro Joaquim Levy no comando da Fazenda.

A consultoria ainda destaca que a resistência em diversos setores da sociedade, principalmente dos empresários e a frágil base parlamentar foram decisivos para que o governo desistisse da volta do imposto sobre o cheque. O governo esperava contar com uma receita de quase 1,4% do PIB desta contribuição para fechar o orçamento de 2016.

Conforme destaca o blog Primeiras Leituras, este episódio de idas e vindas, deve abalar ainda mais a crise de confiança que a presidente já enfrenta, agora começando também a soprar para os lados de Joaquim Levy.

“Levy está entrando num ‘inferno astral’: por alguns é visto como alguém que não tem força mais, concede muito; por outros, como intransigente”, destaca.