Publicidade
SÃO PAULO – Na tarde de ontem, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, afirmou em depoimento à Justiça Federal na tardeque foi convidado para o cargo pelo então presidente Lula e a então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, negando qualquer indicação política do PMDB, dizendo-se mais próximo ao PT.
Os investigadores da Lava Jato apontam o ex-diretor como braço do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras.
Cerveró também é suspeito de ter lavado dinheiro com a compra de um apartamento em Ipanema e de um carro de luxo. Ao ser questionado sobre o imóvel, de R$ 7,5 milhões, Cerveró afirmou que morou lá por dois anos sem pagar aluguel. Segundo o ex-diretor, o imóvel era de propriedade de uma empresa uruguaia, a Jolmey, e foi comprado por R$ 1,5 milhão, com a intermediação do empresário uruguaio Oscar Algorta.
Continua depois da publicidade
“Os investidores tiveram um grande lucro no negócio. Compraram o apartamento por R$ 1,5 milhão, gastaram R$ 700 mil na reforma, e hoje ele vale R$ 7,5 milhões. Já chegou a valer até R$ 9 milhões”, afirmou.
Contudo, a força-tarefa da Lava Jato acredita que o ex-diretor seja o verdadeiro dono do imóvel.
Cerveró ainda reclamou que estava sem dinheiro porque o juiz federal Sérgio Moro determinou o bloqueio de suas contas. “Estou sem receita. Com esse parco salário que o senhor me deixou. O senhor bloqueou tudo”, afirmou o ex-diretor ao juiz.
Newsletter
Infomorning
Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.