SÃO PAULO – Segundo informações do jornal O Globo, cerca de cinquenta senadores já estariam propensos a ratificar a decisão da Câmara dos Deputados do último domingo, quando a Casa votou pela admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara.
O placar do impeachment no Senado, de acordo com o jornal O Globo, é de 46 a favor e 20 contra; do jornal O Estado de S. Paulo é de 45 a favor ante 21 contra e a Folha conta com 47 a favor e 19 contra.
O processo é agora encaminhado para o Senado, onde uma comissão especial será criada para preparar um parecer recomendando se senadores devem aceitar o processo de impeachment ou não.
Na sequência, o plenário do Senado vota parecer pela admissibilidade ou não do processo de impeachment. Se a maioria simples do Senado (41 parlamentares) admitir o processo, Dilma é afastada por até 180 dias e é instaurado o julgamento na casa; Temer assume a presidência. Se o processo for rejeitado, encerra-se o caso. A expectativa que essa votação pela admissibilidade no Senado ocorra no máximo até a segunda quinzena de maio.
Segundo O Globo, o grupo de Michel Temer já começa a definir sua estratégia para agilizar os prazos no Senado. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que o ritmo na Casa será definido “pelas circunstâncias” e defende que os prazos sejam agilizados, e que não se espere até dia 10 de maio para a votação. A ideia é que haja um acordo para uma data intermediária, por volta do dia 4 ou 5 de maio.
Em relatório, a consultoria de risco político Eurasia destacou que, mesmo que seja mais provável que o Senado aprove o processo de impeachment, “o jogo no Senado não pode ser tido como garantido”. Para os cientistas políticos da consultoria, o apoio público ao impeachment deve encolher se governo mantiver discurso de que movimento é ilegítimo e a Lava Jato atingir ainda mais o PMDB. Analistas veem 20% de probabilidade de que impedimento não passe no Senado.
Os senadores ainda estão mais propensos a aprovar o processo, que deve ocorrer entre 10-12/maio, levando a presidente Dilma Rousseff a ser temporariamente afastada do cargo por até 180 dias, enquanto Senado conduz investigação do impeachment. A estratégia do governo está cada vez mais clara, embora seja improvável que tenha sucesso. Enquanto isso, destacam, o governo deve pressionar por eleições presidenciais antecipadas, que tem mais apoio popular que o impeachment, recorrer ao STF e levar às ruas trabalhadores organizados para condenar impedimento como ilegítimo.
(Com Bloomberg)
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