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SÃO PAULO – Após a vitória na Câmara dos Deputados sobre a votação da denúncia apresentada por Rodrigo Janot, o presidente Michel Temer trabalha para retomar a agenda de reformas. Contudo, enfrenta um grande obstáculo, como ressalta o colunista do G1, Gerson Camarotti.
De acordo com Camarotti, que cita informações do repórter Nilson Klava, da GloboNews, os líderes dos três principais partidos do centrão – PP, PR e PSD – afirmam que não há condições de aprovar a reforma, ainda mais depois do desgaste de terem votado contra o prosseguimento da denúncia contra Temer e pelo fato de ser véspera de ano eleitoral.
Além disso, o Centrão quer deixar claro ao governo a insatisfação com o espaço político dado a partidos que não votaram majoritariamente a favor de Temer: PSDB e PSB. Por fim, alertam para o fato de que há no meio político uma expectativa de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereça nova denúncia contra Temer por obstrução de Justiça.
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Juntas, as bancas de PP, PR e PSD somam 123 deputados e deram 87 dos 263 votos a favor de Temer na votação da denúncia. Para aprovar a reforma da Previdência, o governo precisa de 308 votos – por isso o governo tem usado o discurso de aprovar o texto “possível”.
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