Capa da Forbes, Doria fala sobre ser “trabalhador” e lembra de conselho de Alckmin antes da eleição

"Fiquei muito triste com o que o PT fez, um desastre político, econômico e moral", conta o prefeito ao justificar entrada na política

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Muito se fala sobre os slogans de sua campanha para prefeito de São Paulo no ano passado – gestor e trabalhador -, mas poucos realmente sabem da rotina e da história de João Doria Jr., e dos fatores que o levaram ao sucesso. A edição mais recente da revista Forbes traz um longo perfil com o tucano, incluindo uma pequena entrevista.

Filho do advogado e publicitário João Agripino da Costa Doria Neto, o atual prefeito teve uma infância bastante complicada após o pai precisar se exilar em Paris. Doria Jr. voltou com a mãe pouco tempo depois e precisou ajudar no trabalho para sustentar a família. Com isso, começou como publicitário cedo na vida e adotou hábitos de vida “diferentes”, incluindo dormir apenas 3 horas por noite.

“Segundo pessoas próximas, João nunca se exaspera, não sente dor, não adoece, não se cansa – apesar de dormir três horas por noite (só no domingo ‘extrapola’ e fica seis horas na cama). Não tem vícios. ‘Nunca bebi’, garante”, conta a Forbes ao destacar o ritmo frenético de trabalho do prefeito.

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“Quando você tem tudo, todo o conforto, e de repente fica sem nada, com dificuldade até para comer, você passa a dar valor à vida, em primeiro lugar, ao trabalho, em segundo, e ao dinheiro. O legado que eu recebi foi o do desafio”, diz o prefeito em relação à infância conturbada. “Eu trabalho dois dias em um há pelo menos 20 anos, sábados inclusive. Pelo menos 16 horas por dia, isso é fato”, completa.

Questionado sobre por que decidiu entrar para a política, Doria explica: “Fiquei muito triste com o que o PT fez, um desastre político, econômico e moral. Procurei o governador Geraldo Alckmin em agosto de 2015 e, sabendo que o PSDB ia fazer prévias, perguntei se ele via com bons olhos que eu entrasse na disputa. Ele disse que sim”, contou destacando que o governador o preveniu que ele não seria seu candidato.

“Ele me deu cinco conselhos: gaste a sola do sapato, priorize a periferia, amasse barro, fale pouco e escute muito e finalmente seja você mesmo”, conta o tucano, que ainda afirma que o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg é uma referência para ele.

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“Ele é uma referência que me motiva e me entusiasma. Também veio do setor privado e não tinha vida orgânica na política, também foi desacreditado no início, tratado com desdém, e fez o que outros não fizeram: trabalhou”, afirma. Por fim, o prefeito responde sobre qual sua profissão entre publicitário, apresentador, empresário e político: “Sou um cidadão brasileiro”.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.