Candidatura de Luciano Huck ressurge após novo caso cair como uma “bomba” no PSDB

Caso do cartel de empreiteiras durante os governos tucanos e possível impacto na candidatura de Alckmin à presidência assustam o partido, diz Folha

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A revelação da existência do cartel das empreiteiras que tocaram diversas obras milionárias durante os governos tucanos em São Paulo caiu como uma “bomba” no PSDB, informa o jornal Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, caciques tucanos passaram a terça-feira discutindo com aliados os efeitos da notícia sobre as principais candidaturas da legenda, a começar pela provável candidatura do governo de São Paulo Geraldo Alckmin à presidência. 

O raciocínio da cúpula tucana é de que, mesmo se a investigação criminal sobre o caso demore a acontecer e/ou não encontre nada que comprometa o governador e auxiliares, está dada munição aos seus adversários, justamente no ponto considerado, em pesquisas internas, o mais forte de Alckmin. Trata-se da sua reputação de honestidade pessoal, vital em tempos de Operação Lava Jato.  A presença do tema na campanha já bastaria para causar embaraço ao governador.

Ciente desse cenário, a coluna Painel, do mesmo jornal, aponta que Alckmin vai reativar a receita que o poupou de maiores desgastes em 2013, quando a alemã Siemens denunciou acerto em concorrências do Metrô e da CPTM. O governador paulista vai determinar à Procuradoria-Geral do Estado que abra processo para pedir o ressarcimento do dano causado pelas empreiteiras que assumiram participação no esquema e cobrar que apuração do próprio governo identifique agentes que facilitaram a fraude, apontando o Estado como vítima. Toda a cúpula do PSDB paulista vai endossar o discurso do governador. 

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De qualquer forma, aponta o colunista do jornal Igor Gielow, o caso do cartel acabou levantando uma hipótese adormecida desde o final de novembro: a possibilidade de ressurreição de uma candidatura presidencial de Luciano Huck. O apresentador global anunciou no mês passado que não iria se candidatar, alegando questões pessoais e profissionais, mas pessoas próximas afirmam que essa decisão não seria definitiva. 

E, com o sinal amarelo para Alckmin, gente de siglas interessadas no jogo do centro começou a rondar novamente a necessidade de encontrar o “novo” – e o nome de Huck voltou à tona. “E não apenas entre gente do DEM ou do PPS: tucanos já acenderam o alerta amarelo sobre os riscos do caso cartel para Alckmin”, afirma o colunista. Mas ele ressalta, tudo ainda é muito especulativo – e é preciso esperar para ver se o caso será fatal para o governo paulista. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.