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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta segunda-feira que sua candidatura à Presidência da República é irreversível, um dia após afirmar que poderia desistir da empreitada por um ‘preço’, informou o jornal Folha de S.Paulo.
‘É irreversível. Minha candidatura não está à venda’, disse o filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista ao jornal.

Taxas de DIs caem, mas distantes das mínimas com Flávio Bolsonaro candidato
No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 13,13%, em queda de 11 pontos-base ante o ajuste de 13,243% da sessão anterior

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O senador anunciou na sexta-feira que foi escolhido pelo pai — que está preso após ser condenado por tentativa de golpe de Estado, além de estar inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — para ser o candidato presidencial do bolsonarismo em 2026.
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No domingo, no entanto, ele afirmou que poderia desistir de concorrer por um ‘preço’ relacionado ao interesse da família de buscar a aprovação da anistia para os envolvidos nos atos do 8 de janeiro de 2023, inclusive para o próprio pai.
A pré-candidatura de Flávio sacudiu os mercados na sexta-feira, fazendo as taxas dos DIs dispararem mais de 50 pontos-base e o dólar subir perto de 3% ante o real, enquanto o Ibovespa despencou mais de 4%. A informação foi mal recebida pelos investidores, que a viram como um entrave à candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Questionado na entrevista à Folha sobre Tarcísio, o senador afirmou que seu sobrenome é uma vantagem sobre o governador, e descartou a possibilidade de os dois nomes concorrerem como candidatos ao mesmo tempo.
‘Eu acho que não tem um cenário de eu ser candidato e ele ser. Seria uma ignorância muito grande, e ignorante é tudo o que o Tarcísio não é. Um cara extremamente inteligente, um cara que eu não tenho dúvida: a gente vai estar junto’, afirmou.
Flávio disse ainda que só desistirá da candidatura se a inelegibilidade do pai for revertida, o que, admitiu, não é um cenário provável. O senador também disse que deve buscar apoio de partidos como o PP, o União Brasil e o Republicanos.