Candidatura à Presidência é “irreversível”, diz Flávio Bolsonaro

Senador reafirma que não desistirá da disputa, mesmo após mencionar possível desistência por "preço"

Reuters

Publicidade

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta segunda-feira que sua candidatura à Presidência da República é irreversível, um dia após afirmar que poderia desistir da empreitada por um ‘preço’, informou o jornal Folha de S.Paulo.

‘É irreversível. Minha candidatura não está à venda’, disse o filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista ao jornal.

O senador anunciou na sexta-feira que foi escolhido pelo pai — que está preso após ser condenado por tentativa de golpe de Estado, além de estar inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — para ser o candidato presidencial do bolsonarismo em 2026.

Continua depois da publicidade

No domingo, no entanto, ele afirmou que poderia desistir de concorrer por um ‘preço’ relacionado ao interesse da família de buscar a aprovação da anistia para os envolvidos nos atos do 8 de janeiro de 2023, inclusive para o próprio pai.

A pré-candidatura de Flávio sacudiu os mercados na sexta-feira, fazendo as taxas dos DIs dispararem mais de 50 pontos-base e o dólar subir perto de 3% ante o real, enquanto o Ibovespa despencou mais de 4%. A informação foi mal recebida pelos investidores, que a viram como um entrave à candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Questionado na entrevista à Folha sobre Tarcísio, o senador afirmou que seu sobrenome é uma vantagem sobre o governador, e descartou a possibilidade de os dois nomes concorrerem como candidatos ao mesmo tempo.

‘Eu acho que não tem um cenário de eu ser candidato e ele ser. Seria uma ignorância muito grande, e ignorante é tudo o que o Tarcísio não é. Um cara extremamente inteligente, um cara que eu não tenho dúvida: a gente vai estar junto’, afirmou.

Flávio disse ainda que só desistirá da candidatura se a inelegibilidade do pai for revertida, o que, admitiu, não é um cenário provável. O senador também disse que deve buscar apoio de partidos como o PP, o União Brasil e o Republicanos.