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SÃO PAULO – Na manhã desta sexta-feira, o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, participou de conferência cujo tema era o canal de crédito da política monetária, realizada em Atlanta. Como de costume, investidores acompanharam as palavras do chairman que, no entanto, não teceu novos comentários sobre o futuro da política monetária norte-americana.
Entre outras considerações, Bernanke mencionou que evidências sugerem que a influência da política monetária sobre o comportamento das variáveis reais é maior do que a que pode ser explicada pelo canal tradicional de custo de capital, segundo o qual as decisões de política monetária afetam os empréstimos, investimentos e gastos apenas através de seus efeitos sobre o nível das taxa de juros livre de risco.
Dentro deste contexto, o canal de crédito é apontado como um canal suplementar, tese que sugere que uma política de aperto monetário que reduza a liquidez dos tomadores de empréstimos poderia elevar o custo de credito efetivo mais do que proporcionalmente ao avanço na taxa de livre de risco, intensificando a efetividade da política monetária.
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Fed: sempre no centro das atenções
Naturalmente, política monetária norte-americana sempre ocupa o centro das atenções nos mercados globais e, nos últimos dias, o tema rendeu grande volatilidade com os investidores receosos sobre a possibilidade de o Federal Reserve voltar a elevar a taxa básica do juro dos EUA.
Entretanto, no final desta semana foram divulgados importantes indicadores inflacionários (PPI e CPI), cujas variações apresentadas pelos respectivos núcleos foram bem recebidas pelos mercados, que parecem retomar o clima de otimismo.