Campos diz que País não aguenta mais 4 anos de PT e afirma: “Brasil pegou caminho errado”

Em evento em São Paulo, Campos falou ainda sobre mensalão, política externa e destacou que não acabará com Bolsa-Família, ao contrário do "que tentam disseminar por aí"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O pré-candidato à presidência da República, Eduardo Campos, fez uma apresentação a 525 executivos nesta segunda-feira (28), em São Paulo, e fez críticas ao atual modelo de gestão brasileira. De acordo com Campos, o Brasil não suportará mais quatro anos no regime de governança do PT e do governo Dilma Rousseff, a atual presidente brasileira e provável candidata à reeleição.

“Não dá mais para ter quatro anos dessa forma de governança. Não dá mais para fazer governo como esses que estão aí. Não é distribuindo cargos para uma base política atrasada que não tem conhecimento sobre o Brasil. Essas pessoas precisam ir para a oposição. É preciso governar sem eles”. Campos também afirmou que o Brasil começou a jogar fora os avanços registrados nos últimos trinta anos, com a conquista da democracia, passando pela estabilização da economia na década de 1990 e pela melhora da distribuição de renda nos anos 2000.

Campos afirmou que, enquanto o Brasil não crescia, os problemas não eram relevantes. Porém, agora que o Brasil entrou em um momento econômico delicado, o País vê as suas conquistas se destruindo. “O Brasil pegou o caminho errado”, afirmou, destacando que o País passa por uma crise política e que, para ele, um “novo pacto social que exige novo pacto político”. 

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De acordo com Campos, as metas de inflação não podem ser mais as atuais e as despesas não podem ter um crescimento maior do que a receita. Além disso, ele defendeu uma redução dos números de ministérios. O pré-candidato também destacou que o Brasil precisa buscar negócios com outros parceiros e afirmou que o Brasil “está preso há dez anos no Mercosul”. Campos ressaltou ser possível que o Brasil consiga chegar em 2018 com um PIB crescendo 4% e com a inflação no centro da meta, de 4,5% ao ano. 

Mensalão e programas sociais
Sobre o julgamento do mensalão, Campos afirmou que o julgamento do mensalão já foi 100% discutido pela sociedade e pelo STF (Supremo Tribunal Federal), ao ser questionado sobre a fala do ex-presidente Lula, para quem houve “80% de decisão política” e 20% jurídico no resultado do julgamento.

“[Esse assunto] faz parte de uma agenda do passado que não queremos ver se repetindo na vida brasileira e e agora é hora de olhar o futuro para que não se repitam cenas e episódios como esse”, afirmou.

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Sobre o mote do programa social do governo, o Bolsa-Família, Campos defendeu a manutenção do programa, mas destacou que é preciso que se crie sinergias entre o programa com outros. Ele afirmou ainda que, com o aumento da inflação, os beneficiários do programa estão tendo um menor poder de compra. E, segundo ele, a discussão em torno do programa do governo federal se torna “terrorista”, em meio aos rumores de que, caso seja eleito, Campos acabará com o programa. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.