Campos defende que inflação não pode ser combatida apenas com taxa de juros

O candidato à presidência pelo PSB afirmou que, se eleito, atingirá o centro da meta da inflação em quatro anos; para ele, Brasil perdeu de 7 a 1 no futebol e está perdendo com o mesmo placar na economia.

Marcello Ribeiro Silva

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SÃO PAULO – O presidenciável do PSB, Eduardo Campos, afirmou há pouco em entrevista ao Jornal Nacional que a inflação pode ser atingida por outros métodos que não incluam apenas a taxa de juros e destacou que, se for eleito, conseguirá estabelecer uma política macroeconômica responsável com regras seguras e que conduzirá o índice ao centro da meta de 4,5% em quatro anos.

“A inflação não pode ser combatida apenas com taxa de juros, como vem sendo feito”, explicou o companheiro de chapa de Marina Silva, acrescentando que a apresentação de projetos populares não anulam o controle da inflação. “É preciso estabelecer uma boa coordenação entre a política fiscal e a política monetária”, completou.

Quando indagado sobre a compatibilidade entre suas promessas econômicas (principalmente a de conduzir a inflação ao centro da meta) e suas promessas sociais (entre elas, aumentar investimento em saúde e segurança e escola em tempo integral), Campos foi contundente ao afirmar que é possível estabelecer essas mudanças em conjunto.

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“Nós estamos fazendo conta, tem no orçamento. Acreditamos que 0,5% da taxa básica de juros significa R$ 14 bilhões. Com planejamento, vamos fazer o Brasil voltar a crescer e conduzir a inflação para o centro da meta”.

O peessebista disse ainda que acabará com cargos vitalícios na Justiça por meio de uma reforma constitucional. Para ele, os critérios de escolha deveriam ser mais impessoais.

Após ser questionado sobre o fato de ter apoiado a indicação de parentes para o Tribunal de Contas da União (TCU) e para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Pernambuco, Campos afirmou que não vê problema em ter se empenhado para ajudar sua mãe e ex-deputada, Ana Arraes, a se tornar ministra da TCU. “Ela tem feito um trabalho no Tribunal de Contas que tem o reconhecimento inclusive do corpo técnico do tribunal”, disse Campos, que também indicou um primo para trabalhar no TCE-PE.

“O Brasil precisa fazer uma espécie de comitê de busca, ou seja, juntar pessoas com notória especialidade e conhecimento para fazer ao lado do presidente a seleção de pessoas que vão para essas vagas vitalícias. Eu acho que o Brasil deve fazer uma reforma constitucional para acabar com cargos vitalícios que ainda existem na Justiça”, disse Campos. “Os mandatos no Judiciário vão oxigenar os tribunais”, completou. 

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