Campos começava a ganhar pontos na corrida ao Planalto, aponta pesquisa ISTOÉ/Sensus

As intenções de voto dos três principais candidatos à presidência da república subiram no último levantamento antes da morte do presidenciável do PSB.

Marcello Ribeiro Silva

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SÃO PAULO – No último retrato eleitoral antes da morte de Eduardo Campos, o presidenciável do PSB registrou ganho de dois pontos porcentuais frente ao levantamento anterior, apontou a pesquisa ISTOÉ/Sensus. Na leitura, as intenções de voto do peessebista subiram em um ritmo ligeiramente mais rápido do que os seus principais concorrentes.

No levantamento, Dilma Rousseff, do PT, detinha 32,7% dos votos, de 31,6% anteriormente, enquanto Aécio Neves (PSDB) contava com 21,4% de apoio, frente aos 21,1% na pesquisa anterior. Na terceira colocação, Campos aparecia com 9,2% dos votos, de 7,2%. 

Assim como seus principais opositores, Campos também subiu dentro da margem de erro de 2,2% para mais ou para menos, mas o ganho registrado pelo ex-governador de Pernambuco foi o mais significativo entre os três principais candidatos ao Planalto. 

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De acordo com Ricardo Guedes Ferreira Pinto, diretor do Instituto Sensus, o levantamento demonstra a consolidação da tendência da realização de um segundo turno. Entre 9 e 12 de agosto, o instituto entrevistou 2000 eleitores de 136 cidades em 14 Estados.  

Na simulação de uma disputa no segundo turno, o quadro permaneceu praticamente inalterado em relação à pesquisa anterior. O levantamento mostra um empate técnico entre a petista e Aécio, enquanto sinalizava que Dilma venceria Campos. 

Na nova leitura, a presidente aparece com 37,7% de apoio, contra 34,7% do presidenciável do PSDB. Na pesquisa anterior, Dilma detinha 36,3%, enquanto Aécio atrairia 36,2% do eleitorado. A intenção de votos brancos, nulos e indecisos permaneceu no mesmo patamar (27,6%).

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Em um eventual segundo turno, a petista somaria 38,8%, frente aos 28,9% de Campos. Na leitura precedente, Dilma detinha 38,7% de apoio popular, enquanto o peessebista totalizava 30,9%. Votos brancos, nulos e eleitores indecisos passaram de 30,4% para 32,4%. 

Campos: o menos rejeitado

Os índices de rejeição permaneceram estáveis. Campos era o menos rejeitado entre os três principais presidenciáveis, com 25,8% de rejeição, ante 26% de Aécio e 42,3% de Dilma. 

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Avaliação do governo

O porcentual de eleitores que avalia negativamente a gestão de Dilma aumentou de 28,5% para 34,6%. Entre os que atribuem uma avaliação positiva ao governo petista passou de 32,4% para 28,5%. No mesmo sentido, a avaliação regular caiu de 36,4% para 35%. 

Quando indagados sobre o desempenho pessoal de Dilma, 40,5% dos eleitores aprovam, enquanto 51,6% desaprovam. No total, 7,9% do eleitorado não quis ou não soube responder a pergunta.