Campanha de Marina sofre nova baixa; PSB quer ajuda de Renata Campos para conter ânimos

Depois de Carlos Siqueira, coordenador Milton Coelho comunicou que deixaria a campanha de Marina; PSB quer conter debandada contando com a ajuda da viúva de Campos

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A campanha de Marina Silva sofreu mais um golpe ontem, além da saída do coordenador geral do PSB, Carlos Siqueira. Milton Coelho, coordenador de mobilização e articulador, anunciou ao presidente do partido, Roberto Amaral, que deixará a função.

Coelho afirmou que, com a morte de Eduardo Campos, no último dia 13, o “compromisso com a coordenação da campanha acabou. Meu compromisso era com o Eduardo”. Ele afirmou que já estava conversando com integrantes do PSB sobre a sua saída, mas não quis dar justificativas sobre a decisão.

Ontem, o então coordenador da campanha de Campos, Carlos Siqueira, comunicou sua decisão de sair da campanha e fez duras críticas à presidenciável e declarou que não voltará ao posto de coordenador da campanha. Em Brasília, Sequeira afirmou que Marina não representa o legado de Eduardo Campos e ressaltou, em fala à Agência Estado: “da Marina, quero distância”.

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“Marina não representa o legado de Eduardo Campos, se comportou muito mal comigo e não aceito isso. Eu que não quis ficar na coordenação dela. Não aceito, não continuarei na coordenação da campanha porque meu compromisso era com Eduardo Campos. Ela não representa o legado dele, ela está muito longe de representar o legado. Eram muto diferente politicamente, ideologicamente, em todos os sentidos” destacando, porém, não guardar mágoas.

Depois de alterações propostas por Marina na quarta, Siqueira decidiu deixar o cargo. Ao chegar à reunião com os partidos da coligação nesta quinta na sede do PSB, em Brasília, Siqueira declarou que a nova candidata deveria escolher o seu novo coordenador.

“Eu estava numa coordenação de uma pessoa que era do meu partido e que eu tinha estrita confiança e agora terminou essa fase”, afirmou, referindo-se a Campos.

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“Como hospedeira da instituição, ela deveria respeitar essa instituição. Quando se está em uma situação como hospedeira, como ela é, tem que se respeitar a instituição, não se pode querer mandar na instituição. Ela que vá mandar na Rede dela, porque no PSB mandamos nós”, disse. Após a saída de Siqueira, Luiza Erundina assumiu a coordenação geral da campanha.

E os conflitos não cessam por aí: Marina deve ainda se reunir na sexta-feira com o presidente do PSL, Luciano Bivar, aliado que manifestou descontentamento com a condução do PSB para formatar a nova chapa. Apesar das tensões, o vice de Marina, Beto Albuquerque, destacou que há estresse no partido gerada pela morte de Eduardo Campos, mas nega que haja crise. Conforme ressaltou à Folha de S. Paulo, o episódio entre Siqueira e Marina foi um pequeno desentendimento e que ela não agiu de maneira desrespeitosa. 

Ajuda de Renata Campos
Segundo o portal Último Segundo, lideranças do PSB acreditam que só Renata Campos, viúva de Eduardo Campos, teria condições de animar os ânimos contra Marina Silva dentro do partido. Alguns integrantes ficaram de entrar em contato com a viúva para que ela interceda junto aos coordenadores para mantê-los na campanha e também evitar novas baixas na candidatura.

(Com Reuters)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.