Bumlai confessa repasse de R$ 12 milhões ao PT, mas inocenta Lula

O pecuarista confirmou a amizade com o ex-presidente e seus encontros aos finais de semana, mas que não falavam sobre questões políticas e econômicas

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – O pecuarista José Carlos Bumlai – conhecido por relações de proximidade com o ex-presidente Lula – confessou ontem à Polícia Federal que os R$ 12 milhões tomados como empréstimo do banco Schahin no ano passado foram repassados ao PT. Conforme conta a imprensa nacional, ele declarou que se sentiu constrangido em negar o favor para não se indispor com os representantes do partido. Os nomes dos ex-tesoureiros da sigla Delúbio Soares e João Vaccari Neto não foram poupados do depoimento de Bumlai, ao passo que Lula teria sido desvinculado de qualquer envolvimento com as negociações.

O pecuarista confirmou a amizade com o ex-presidente e seus encontros aos finais de semana, mas que não falavam sobre questões políticas e econômicas. No início de seu depoimento, conforme conta O Globo, o empresário currigiu parte das informações dadas em seu primeiro depoimento, quando negou empréstimo ao PT. Segundo ele, houve outros repasses em nome de laranjas, com o intuito de engordar o caixa das campanhas do partido.

De acordo com Bumlai, o executivo Sandro Tordin, do Banco Schahin, queria usar o empréstimo como ferramenta para mantê-lo como refém para obter negócios da Petrobras (PETR3; PETR4) no setor de sondas. O depoimento durou seis horas e meia.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.