BRICS perdem o brilho, mas quem irá substituí-los? WSJ aponta 6 “novas” promessas

Presidentes dos BRICS se reuniram no último final de semana, mas sem a "pompa" dos anos passados, enquanto novas siglas vêm surgindo

Lara Rizério

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SÃO PAULO – No último final de semana, os líderes das nações BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) se reuniram para tentar reforçar sua cooperação. A sigla que originou o grupo foi criada pelo então economista do Goldman Sachs Jim O’Neill, em 2001 – o economista se aposentou em 2013. 

Conforme destaca o Wall Street Journal, os BRICS tiveram a sua primeira reunião em 2009, na esteira do conceito criado por O’Neill de que o mundo estaria testemunhando o nascimento de um novo grupo de líderes econômicos. Contudo, atualmente, o grupo tem perdido um pouco do brilho, uma vez que o crescimento da China se desacelerou, a Rússia foi atingida por sanções do Ocidente e a África do Sul vive em meio a um escândalo político. Já o Brasil busca se reerguer após a maior crise desde a Grande Depressão. 

Em meio a isso, o WSJ listou uma série de acrônimos alternativos utilizados pelos bancos e que vem surgindo na esteira dos BRICS, mas que incluem até mesmo representantes deste grupo icônico. Confira abaixo:

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1. The Next 11
Países: Bangladesh, Egito, Indonésia, Irã, Coréia do Sul, México, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Turquia e Vietnã.
A sigla também foi criada pelo Goldman Sachs, em 2005. Segundo um relatório do banco datado de 2013, a expectativa é de que o grupo de países adicione US$ 4 trilhões ao PIB global em dez anos.

2. CIVETS
Países: Colômbia, Indonésia, Vietnã, Egito, Turquia e África do Sul
O HSBC Global Asset Management lançou um fundo direcionado a investimento nesses países em 2011, após o termo ser cunhado pelo Economist Intelligence Unit em 2009. A sigla foi definida para designar países com populações jovens e crescimento potencial no futuro.

3. EAGLES (Emerging and Growth-Leading Economies)
Países: China, Índia, Brasil, Indonésia, Coreia do Sul, Rússia, México, Egito, Taiwan e Turquia
O BBVA Research criou a sigla EAGLES para cobrir uma grande cesta de mercados emergentes. O termo abarca as principais economias emergentes e começou a ser utilizado em 2010 para acompanhar os países que mereciam atenção mais estreita dos investidores. 

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4. MINT
Países: México, Indonésia, Nigéria, Turquia
Jim O’Neill apontou em 2013 que estava usando um novo termo para tratar de grupo de países que deveriam ser olhados com atenção pelos investidores. 

5. TIMPs
Países: Turquia, Indonésia, México e Filipinas
Este termo foi inventado pela Turner Investments. Em um relatório intitulado “olhe para além dos BRICS, aqui vem o TIMPs,” o presidente da gestora Bob Turner disse em 2013 que essas nações poderiam ser os novos Brics.

5. MIST
Países: México, Indonésia, Coreia do Sul e Turquia
Esta é uma outra sigla creditada a O’Neill. Estes países foram colocados na lista de observação como algumas das economias de mais rápido crescimento do mundo.

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6. Os 5 frágeis
Países: Brasil, Índia, Indonésia, África do Sul e Turquia
O WSJ aponta que esta não é uma sigla, mas é algo útil. O Morgan Stanley alertou que estes são os países que mais poderiam sofrer caso houvesse uma saída de capital dos mercados emergentes.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.