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SÃO PAULO – O número de eleitores que vão às urnas influenciados pela “memória da inflação” recuou nos últimos anos e tende a diminuir ainda mais. Nas próximas eleições presidenciais, em 2014, a quantidade de eleitores que comparecerão ao pleito sem a “memória da inflação” deverá ultrapassar aqueles que possuem esta memória.
O levantamento, efetuado pelo Data Popular e divulgado nesta segunda-feira (23), considera os eleitores que possuem “memória da inflação” como aqueles que tinham 18 anos ou mais em 1994.
Segundo a pesquisa, nas últimas eleições presidenciais, 43,12% do eleitorado não tinha esta memória de inflação, enquanto 56,88% a possuía. Já em 2006, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito, 34,89% dos eleitores não tinham estas lembranças da inflação, contra 65,11% que tinham mais de 18 anos em 1994.
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Já para 2014, é esperado que o número de pessoas sem memória da inflação ultrapasse a quantidade daquelas que viveram de perto o aumento excessivo de preços, com 50,35% contra 49,65%.
Distribuição de renda
Ainda segundo o levantamento, a quantidade de eleitores que possuem “memória” em relação à distribuição de renda também tende a diminuir a cada ciclo de eleição para presidente.
Para este dado, a pesquisa considera os eleitores que tinham 18 anos ou mais em 2006, quando os programas do governo de distribuição de renda começaram a surtir efeito. Segundo os dados do Data Popular, nas eleições da atual presidente, Dilma Rousseff, 89,35% do eleitorado já era maior de idade em 2006.
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Entretanto, nas próximas eleições (2014), este número deverá cair para 80,1%.
Memória inflacionária e de desigualdades
De acordo com a pesquisa, de 2014 até 2018, o percentual de eleitores com memória da inflação e das desigualdades sociais ficará perto dos 30% (30,45% em 2014 e 28,68% em 2018).
Em 2010, o percentual de eleitores nestas condições era de 32,47%, segundo o levantamento.
Pesquisa
A pesquisa do Data Popular ouviu 5 mil brasileiros no primeiro trimestre de 2011, com idades entre 18 e 69 anos. A margem de erro máxima é de 1,41%.
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