Brasil reafirma que não reconhecerá resultado das eleições em Honduras

Pleito, que deve acontecer no próximo domingo, não será reconhecido pelo Brasil se Zelaya não for restituído ao poder

Tainara Machado

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SÃO PAULO – O governo brasileiro reiterou que não reconhecerá o resultado das eleições presidenciais que serão realizadas em Honduras no próximo domingo (29). O pleito será considerado ilegítimo pelas autoridades caso Manuel Zelaya, presidente deposto por um golpe de Estado, não seja restituído ao poder.

Em um acordo negociado pelo governo norte-americano, Manuel Zelaya e Roberto Micheletti, o presidente de facto do país, haviam firmado um acordo que garantia a volta de Zelaya à Presidência. No entanto, os termos do acordo dependem das autorizações do Congresso e da Corte Suprema, que devem referendar a destituição do presidente deposto – o que tem sido postergado por ambas as instituições.

Abrigado na Embaixada brasileira desde o dia 21 de setembro, Zelaya sinalizou desacreditar na possibilidade de voltar a governar Honduras, segundo relatou a Agência Brasil. Para ele, é provável que ele permaneça abrigado na Embaixada até o dia 27 de janeiro de 2010, quando termina seu mandato.

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Até agora, somente Estados Unidos e um grupo pequeno de países, como Peru, Colômbia e Panamá, apoiam o processo eleitoral hondurenho. Aliados do Brasil, como Chile, Argentina, Equador, Venezuela e Nicarágua, levantaram dúvidas quanto à isenção de eleições organizadas sob um regime golpista.

Declarações

Em entrevista à agência de notícias Efe, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que “os países democráticos do mundo precisam repudiar de forma veemente o que ocorreu em Honduras, portanto a posição do Brasil permanece inalterada”.

Em Manaus, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que “um golpe de Estado não pode ser legitimado como forma de mudança política”.

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