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SÃO PAULO – O problema da economia do Brasil é bem mais profundo do que pode parecer, à primeira vista, em meio à forte crise que o País vive. Para além da forte crise, o Brasil tem não apenas o desafio de resolver os problemas idiossincráticos dado o ambiente global desfavorável, como também radicalizar para superar os “cinco pecados originais” que afetam a economia nacional.
É o que aponta o economista-chefe do Bradesco, Octavio de Barros, que participou na noite da última quarta-feira (21) de um painel de discussão sobre cenário macroeconômico pós-impeachment promovido pela Bloomberg Tradebook em São Paulo.
Os cinco pecados originais destacados pelo economista são: i) o problema orçamentário; ii) o problema da falta de eficiência na alocação de recusos; iii) o fato da população aceitar uma inflação relativamente alta, pecado este que pode ser dirimido com Ilan Goldfajn na presidência do Banco Central; iv) o fato do Brasil ser uma das economias mais fechadas do mundo e v) a questão trabalhista, apontando que a atual legislação “destrói empregos para proteger salário”, ressaltando a questão do dissídio anual por categoria.
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“Ou seja, se conseguirmos avançar em pelo menos 70% desses pecados originais, temos uma chance de sairmos muito na frente dos países emergentes. Isso porque temos a melhor equipe econômica atual entre os emergentes, além da melhor e mais ousada agenda de reformas nesse momento”, apontou o economista.
Para Barros, é essencial que o Brasil não deixe passar a chance de realizar as reformas para superar os “pecados originais”: “ou aproveitamos essa oportunidade ou a situação vai ficar realmente complicada”, destaca ele.
O economista ainda apontou que, hoje, ter uma discussão sobre alta de impostos é muito ruim. Neste sentido, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 241, do teto de gastos, é bastante positiva para possibilitar a discussão da eficiência alocativa e introduzir o debate sobre a qualidade e alocação do gasto público dentro de uma restrição orçamentária. Atualmente, ressalta ele, a qualidade do orçamento é “péssima”.
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