Brasil perde mais 3 posições no ranking internacional de corrupção percebida

Apesar da melhora na pontuação, país agora divide a 79ª posição com China, Índia e Bielorrússia

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – O Brasil caiu mais três posições no ranking de corrupção percebida de 2016, da Transparência Internacional. Apesar de sua pontuação ter melhorado em comparação com o ano anterior, saltando de 38 para 40 pontos, agora o país ocupa a 79ª posição juntamente com China, Índia e Bielorrússia. Mesmo assim, o resultado não recupera o patamar de 43 pontos de 2014.

A perda na edição apresentada nesta quarta-feira foi menor que a registrada na última edição, quando o recuo foi de 7 posições. Foram ouvidos pela organização especialistas no assunto e executivos selecionados. A escala vai de zero para os países mais corruptos a 100, para os mais “limpos”.

“Nem sempre é ruim ter manchetes sobre corrupção. Do Panama Papers em abril ao registro de acordo de US$ 3,5 bilhões da Odebrecht no Brasil em dezembro, 2016 foi um bom ano para lutar contra a corrupção nas Américas”, escreveu a Transparência Internacional em relatório.

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“Os ricos e poderosos também foram cada vez mais lançados ao centro das atenções. A nora da presidente chilena foi acusada em um caso de corrupção, a ex-presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner agora é investigada por corrupção, entre vários outros exemplos”, complementou. Na avaliação da organização, ainda há muito que ser feito e a impunidade e a falta de transparência por parte das figuras públicas continuam sendo os maiores problemas da região.

Em contraste com o aparente cenário de melhora no continente americano, a mais recente edição do ranking de corrupção percebida mostra que mais países pioraram o desempenho do que melhoraram. “Nenhum país chegou perto de uma pontuação perfeita no Índice de Percepção de Corrupção 2016. “Mais de dois terços dos 176 países e territórios no índice deste ano caíram abaixo do ponto médio de nossa escala. A pontuação média global é de 43, indicando corrupção endêmica no setor público de um país. Os países com maior pontuação são superados em número por países em laranja ou vermelho, onde cidadãos enfrentam diariamente os impactos da corrupção”, dizia o texto que acompanhava a pesquisa.

De acordo com o ranking, os países menos corruptos são Dinamarca e Nova Zelândia (ambas com 90 pontos); Finlândia (89); Suécia (88); Suíça (86) e Noruega (85). Na ponta oposta estão Somália (10); Sudão do Sul (11); Coreia do Norte (12);Síria (13); Iêmen, Sudão e Líbia (os três com 14 pontos).

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.