Brasil perde competitividade em ranking mundial e fica com 52ª colocação

Desde 2002, País já perdeu 15 posições no ranking; desempenho em 2006 teria sido pior não fosse a queda da inflação

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Brasil ficou com a 52ª colocação do ranking das economias mais competitivas do mundo, segundo estudo divulgado, nesta quarta-feira (10), pelo Instituto Internacional de Desenvolvimento Empresarial (IMD).
Apesar de ter mantido a 1ª colocação do ranking, os EUA teve sua liderança ameaçada com a aproximação de economias asiáticas e nórdicas em razão do fraco desempenho do governo na gestão da dívida pública. Hong Kong, Cingapura, Islândia e Dinamarca completam as cinco primeiras colocações do ranking.
Brasil perdeu em todos os quesitos

Segundo o editor do relatório 2006 de Competitividade Mundial, Stephane Garelli, apesar da boa situação da economia, o desempenho brasileiro caiu em todos os quatro itens avaliados: desempenho econômico e governamental, infra-estrutura e eficiência de negócios.
Em termos de desempenho econômico, o País caiu 10 colocações e ficou com a 43ª posição. Garelli justifica a queda lembrando que o ano passado foi particularmente positivo para a economia mundial, “esperava-se mais do Brasil”. Enquanto a economia brasileira cresceu 2,3%, outras economias da região, como Argentina (9%), Venezuela (9%) e Colômbia (4,5%), avançaram bem mais.
Reflexo da alta carga tributária nacional, o Brasil ficou com a penúltima colocação em vários critérios, como: eficiência tributária, burocracia para abrir empresas e custo de capital. No que refere ao patamar dos juros, o Brasil obteve a antepenúltima colocação.
Crise política e má gestão da máquina

A crise política também prejudicou o desempenho brasileiro. Somente 4 governos atrapalham mais a economia que o brasileiro: o da Venezuela, Argentina, Itália e Polônia. No critério que mede a estrutura institucional e, portanto, avalia a capacidade de gestão da máquina estatal, o Brasil ficou com a última colocação.
No ranking de eficiência governamental apenas duas economias apresentaram resultado inferior: Venezuela e Itália. Segundo Garelli o desempenho brasileiro só não foi pior porque a inflação caiu e, apesar da valorização do real, a balança comercial registrou um resultado surpreendente.

Para Garelli, a queda sistemática do Brasil no ranking mundial dos últimos anos, o País perdeu 15 posições desde 2002, evidencia a decepção por parte do empresariado internacional em relação ao governo Lula.
Sobre o estudo

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Desenvolvido pelo instituto suíço, o estudo, de periodicidade anual, avalia a competitividade de 61 economias do mundo em 4 áreas: desempenho econômico, eficiência governamental, infra-estrutura e eficiência de negócios.
No total são avaliados 312 critérios, que incluem, por exemplo, investimentos em educação, tecnologia, serviços sociais e de saúde, entre outros.

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