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SÃO PAULO – Mesmo liderando a lista de países com maior taxa real de juro ao ano e apesar da alta de 75 pontos-base na Selic, anunciada na noite de quarta-feira (23) pelo Copom (Comitê de Política Monetária), o Brasil manteve o terceiro lugar no ranking da taxa de juro nominal.
Conforme pesquisa da Uptrend, com 13% ao ano, o País fica atrás da Turquia e da Venezuela, que apresentam taxas de 16,5% e 16%, respectivamente.
No exemplo, a taxa nominal nada mais é do que a taxa básica de juros da economia, que no Brasil é representada pela Selic. A real sinaliza o peso dos juros menos a inflação. Segundo a consultoria, a taxa real no Brasil fica em 7,2% ao ano, na análise dos próximos 12 meses.
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Cinco primeiros
A lista elaborada pela consultoria econômica conta com 40 países, selecionados por terem as maiores taxas nominais. Na tabela abaixo, estão exemplificados os cinco primeiros e os cinco últimos colocados. Veja:
Taxas nominais | |||
Colocação | País | Colocação | País |
1º | Turquia (16,5%) |
36º | Canadá (3,3%) |
2º | Venezuela (16,0%) |
37º | Suíça (2,8%) |
3º | Brasil (13%) |
38º | Estados Unidos (2%) |
4º | África do Sul (12%) |
39º | Cingapura (0,9%) |
5º | Rússia (10,3%) |
40º | Japão (0,5%) |
Fonte: Uptrend
A trajetória
Na noite da última quarta-feira (23), o Copom (Comitê de Politica Monetária) optou em majorar a Selic em 75 pontos-base. Agora, a taxa está em 13% ao ano.
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Entre setembro de 2005 e o mesmo mês do ano passado, houve uma harmoniosa seqüência de cortes na Selic, que somaram 8,5 pontos percentuais.
Em outubro, o Copom, preocupado com a inflação, decidiu interromper a seqüência e optou pelo congelamento da taxa. Nas reuniões de dezembro, janeiro e março, a posição foi a mesma. Em abril, foi iniciado o aperto monetário, movimento repetido na duas reuniões posteriores.