“Brasil está rapidamente se tornando a Grécia da América Latina”, diz Forbes

De acordo com a revista, o País parece querer ser riscado do mapa em termos de relevância assim como a Venezuela e a Argentina

Lara Rizério

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SÃO PAULO – “O Brasil está rapidamente se tornando a Grécia da América Latina”. Esta é a avaliação de uma reportagem publicada na última quinta-feira (3) pelo site da revista norte-americana Forbes, destacando que o País parece querer ser riscado do mapa em termos de relevância assim como a Venezuela e a Argentina. 

Segundo a publicação, o mercado ainda tenta entender se o ministério da Fazenda, Joaquim Levy, vai ficar ou vai sair. “Primeiro ele ia sair. Depois ele ia ficar. Agora ele pode continuar, ou pode sair, apesar de ter dito na semana passada que ficaria. Essa brincadeira no Brasil parece muito com a da Grécia e sua decisão de pagar ou não suas dívidas”, destaca a publicação.

Como resultado, o real registrou uma forte alta mostrando a aversão ao risco do mercado. A publicação aponta Levy como a única peça de credibilidade do governo do atual governo brasileiro com os investidores internacionais. 

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E, sem ele, o dólar irá rapidamente para R$ 4. Há alguns meses, economistas do Itaú Unibanco disseram que os investidores estavam dispostos a dar a Dilma o benefício da dúvida. A saída de Levy seria a sentença de morte para a confiança dos investidores no Brasil, e pode até mesmo significar o fim do PT, independentemente da direção futura do escândalo de corrupção em curso envolvendo a Petrobras, afirma o artigo. 

Em meio a tantas incertezas, a Forbes ressalta que setembro é um mês importante, com o TCU (Tribunal de Contas da União) examinando as contas da presidente Dilma Rousseff. Se reprovadas, elas podem abrir caminho para o processo de impeachment. 

A revista destaca que o impeachment pode parecer atraente para alguns, mas isso colocaria o PMDB no comando do país. E, por mais que algumas pessoas gostem da ideia do PMDB no governo, “é bom lembrar que as maiores estrelas do PMDB no Congresso estão sendo investigadas por corrupção”, ressalta, dando como um dos exemplos o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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A Forbes ressalta que tanto Levy quanto o presidente do Banco Central Alexandre Tombini foram vendidos para o mercado como equipe econômica favorável ao mercado  quando Dilma se reelegeu, no final do ano passado. “E, se um deles se for [do governo], Dilma terá que substituí-los com o equivalente a um Jesus capitalista para ganhar o mercado. Não que o mercado deva ditar onde o Brasil deve ir, mas se Levy for substituído por um político, ele vai transformar o país na Grécia da América Latina. As previsões de que uma recessão de dois anos darão caminho para o crescimento em 2017 serão certamente revistas”, conclui a revista. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.