Brasil está mais para “The Walking Dead” do que para “House of Cards”, diz FT

A cena política em Brasília, que é comparada com a série 'House of Cards' por sua complicada intriga política, está começando a parecer com a concorrente dos zumbis

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – É comum ouvirmos comparações da política brasileira com o seriado do Netflix “House of Cards”, mas para o jornal britânico Financial Times, a trama política da série está deixando de ser a protagonista no Brasil para dar lugar a um cenário no estilo de “The Walking Dead”.

“A cena política em Brasília, que muitas vezes é comparada com a série da televisão norte-americana ‘House of Cards’ por sua complicada intriga política, está começando a parecer com a concorrente dos zumbis ‘The Walking Dead'”, diz reportagem publicada na versão eletrônica do jornal. A publicação destaca que cresce a insatisfação popular não apenas contra o governo Dilma, mas também contra todos os outros políticos.

“Seja por causa do envolvimento em corrupção ou apenas pelo oportunismo cínico, os principais atores políticos no Brasil estão perdendo rapidamente a legitimidade aos olhos de um eleitorado cansado”, diz o FT. A publicação ainda lembra das recentes propostas para eleições gerais no Brasil, mostrando que as manifestações são não apenas contra o governo.

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O jornal destaca que, apesar de Dilma ser acusada de crime de responsabilidade por causa das pedaladas fiscais, vários outros nomes que estão na linha sucessória têm problemas na Justiça, como Michel Temer e Eduardo Cunha. A reportagem lembra ainda das constas na Suíça de Cunha e diz que o presidente do Senado, Renan Calheiros, é igualmente envolvido em esquemas ilícitos.

“O problema é que, enquanto a ideia de uma limpeza geral seja atrativa, não há uma maneira constitucional clara para convocar novas eleições a não ser que a senhora Rousseff e o senhor Temer sejam impedidos, tenham seus mandatos anulados pelo Tribunal Superior Eleitoral ou renunciem. Com sinais de ambos de que não pretendem sair voluntariamente, é improvável que o impasse seja resolvido rapidamente”, completa o FT.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.