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O caso da Embraer (EMBR3) é um “forte sinal” de que outras empresas brasileiras envolvidas em atos de corrupção no exterior poderão começar a ser punidas. Na avaliação do representante da Transparência Internacional no Brasil, Bruno Brandão, o Brasil é visto no mundo como um “exportador de corrupção”.
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:
A fiscalização contra a corrupção no Brasil é ineficiente?
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Desde que o Brasil assinou a convenção anticorrupção da OCDE, em junho de 2000, foram poucas as empresas que sofreram as sanções previstas em caso de práticas de suborno transnacionais. Isso deixou o Brasil com uma imagem de exportador de corrupção. São várias instâncias que não agem, não por falta de interesse, mas por incapacidade de atuação, por causa da enorme quantidade de investigações internas em andamento.
O caso da Embraer pode ter impacto sobre outras empresas nacionais?
É um sinal fortíssimo, e os empresários já temem um efeito dominó com os desdobramentos da Operação Lava Jato. Essa é a primeira vez que uma grande empresa brasileira é punida por práticas irregulares durante prospecções de negócios no exterior. O mercado global não tolera mais esse tipo de conduta, principalmente as autoridades nos EUA.
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Como aumentar a fiscalização?
Defendemos a internacionalização da Lava Jato. Vários países onde as empresas brasileiras operam, em especial na América Latina e na África, têm um ambiente de permissividade muito alto, com instituições frágeis e incapazes de levar adiante qualquer investigação./
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