Brasil e Bolívia devem fixar novo preço do gás somente após eleições de 2006

De acordo com autoridades bolivianas, Lula reluta em aceitar novo preço para não "perder votos na reeleição"

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Andrés Soliz Rada, ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, declarou na última segunda-feira (10) que o Brasil vem resistindo em aceitar o aumento do preço do gás pelo fato de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “não quer perder votos”.

“Ele não vai querer perder votos com a negociação e nem que a direita o acuse de ter atuado de forma branda”, declarou Soliz Rada.

O presidente da Bolívia Evo Morales também acredita que o encerramento da negociação será interrompido por Lula já estar “mergulhado em sua campanha para a reeleição”.

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Aumento pode chegar a 100%

O governo boliviano pretende promover um aumento que varia entre 70% a 100% no preço do gás que é vendido ao Brasil.

Atualmente, o país paga US$ 3,8 pelo milhão de BTU (unidade térmica britânica). Valor inferior àquele acordado com a Argentina (US$ 5,00) e praticado pelo mercado internacional (US$ 7,5).

Para o ministro Rada, o Brasil deve aceitar o aumento proposto pela Bolívia, uma vez que utiliza o gás para fins industriais, diferentemente da Argentina, que o destina ao consumo doméstico.

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Arbitragem internacional

Estima-se que as negociações entre o Brasil e a Bolívia prolonguem-se até o final das eleições presidenciais de 2006. Se os dois países não chegarem a um acordo em até 45 dias, a decisão ficará a cargo da arbitragem internacional.

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