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SÃO PAULO – O Brasil deverá crescer 7,5% em 2010, 4,3% em 2011 e 5,0% em 2012, é o que afirma relatório da OECD (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgado nesta quinta-feira (18). Nos mesmo anos, espera-se ainda que o País tenha inflação de 5,6%, 5,3% e 5,1%, respectivamente, sempre acima do centro da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional), de 4,5%.
O crescimento do País deverá ser apoiado na combinação de oferta de crédito ao consumo interno e massivos investimentos em projetos de infraestrutura, enquanto a inflação continuará pressionada pelo mercado de trabalho apertado e os reflexos do câmbio nos preços.
Desenvolvidos ainda oscilarão
Segundo o economista-chefe da organização, Pier Carlo Padoan, a recuperação das economias centrais como EUA, Japão e Zona do Euro deverão apresentar velocidade consideravelmente inferior a dos países emergentes. O grande desafio dos países desenvolvidos será a transição de um cenário no qual o crescimento ocorre por medidas de estímulo recorrentes para um cenário de crescimento sustentado.
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Padoan crê ainda que economias como EUA e Reino Unido correm o risco de apresentarem queda nos preços internos, avaliando que o crescimento robusto só virá após mudanças econômicas estruturais, as quais foram suprimidas com a crise.
Crescimento robusto só após mudanças estruturais
O economista aponta a necessidade urgente de reformas no mercado de trabalho com a finalidade de facilitar contratações e realocações, como forma de combate ao desemprego.
Por fim, estas mudanças também favoreceriam o equilíbrio fiscal, dada a consequente redução dos gastos do governo e, no médio prazo, o crescimento da arrecadação. A OECD estima que 1% de redução no desemprego gere um aumento de 0,8% no PIB (Produto Interno Bruto).
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Previsões
Crescimento real do PIB | |||
---|---|---|---|
2010 | 2011 | 2012 | |
Brasil | 7,5% | 4,3% | 5,0% |
EUA | 2,7% | 2,2% | 3,1% |
Japão | 3,7% | 1,7% | 1,3% |
Zona do Euro | 1,7% | 1,7% | 2,0% |
Fonte: OECD Economic Outlook 88 |