Brasil ainda tem participação tímida da agricultura familiar no comércio exterior, diz ministro

Segundo ministro, mudança no cenário passa por ampliação da cobertura de assistência técnica e integração dos pequenos produtores com cooperativas

Estadão Conteúdo

Brasília (DF) 18/07/2023 - Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, no lançamento do edital Sertão Vivo, que selecionará propostas de implantação de projetos de resiliência climática em áreas rurais do semiárido nordestino. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

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O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT), defendeu que a agricultura familiar tenha maior participação no comércio internacional. “A agricultura familiar representa 75% de tudo que o Brasil produz, mas ainda há participação tímida da agricultura familiar no comércio exterior. Itália, França e Alemanha têm participação maior da agricultura familiar no comércio internacional”, afirmou Teixeira, durante o Lançamento da Política Nacional de Cultura Exportadora (PNCE) no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

A PNCE foi instituída pelo Decreto Nº 11.593, de 10 de julho de 2023, com a finalidade, segundo o governo, de difundir a cultura exportadora e aumentar o número de exportadores brasileiros, especialmente entre as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).

Segundo o ministro, uma maior fatia da agricultura familiar na balança comercial brasileira passa pela ampliação da cobertura de assistência técnica e pela integração dos pequenos produtores com as cooperativas.

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“Estamos desenhando um programa muito forte de assistência técnica com o Ministério da Educação (MEC) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Em segundo lugar, precisamos fortalecer as cooperativas. A tarefa inicial é chamar as cooperativas para se reunirem com a Apex para que ajudem a exportá-las e participar mais fortemente das exportações”, defendeu Teixeira.

O ministro disse também ver espaço para produtos da sociobiodiversidade da Amazônia na Europa. Entre os produtos, o ministro citou açaí, chocolate e cupuaçu, além de fármacos e cosméticos. “Há baixa presença da Amazônia nesse comércio. Vejo oportunidade na sociobioeconomia. Podemos aproximar a Amazônia com produtos sustentáveis deste esforço”, afirmou.