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SÃO PAULO – O Grupo dos Oito, mais conhecido como G8, se reúne anualmente. O encontro de 2006, a ser realizado na Rússia, de 15 a 17 de julho, será reforçado pela presença de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Inglaterra, Itália e Japão.
Seguindo a tradição própria a uma 32ª reunião anual, a pauta é dominada por grandes questões dentro da economia e política global. Grandes o suficiente para que alguns entendam o evento como a assembléia de um governo mundial atuando sob disfarce.
Quais as justificativas, regras, curiosidades por trás do reconhecimento? De onde partiu o G8? O que aconteceu com o G7? Por que os protestos em torno dos encontros? Essas e outras dúvidas estão reunidas abaixo em oito tópicos.
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- Potências unidas
O G8 se ampara em uma parceria entre os sete países mais industrializados do mundo (G7) e a Rússia. Juntos, os membros do Grupo respondem por aproximadamente 66% da economia mundial.
- A origem do Grupo
Toda a história começou em 1975, quando o presidente francês Valéry Giscard convidou seis das maiores economias do mundo para discutir sobre os problemas derivados do primeiro choque do petróleo (1973).
- Novas aquisições
A idéia ganhou fôlego através de encontros anuais e de novos participantes. O Canadá foi incluído na equipe já em 1976. A Rússia veio bem mais tarde (1998), após o fim da Guerra Fria e as reformas políticas e econômicas no país.
- E o G7?
Não é verdade que o G7 sumiu com a entrada da Rússia. Dada a relativa instabilidade econômica do país, existem sessões exclusivas sobre políticas fiscais e monetárias nas quais a opinião do presidente Vladimir Putin fica de fora.
- Revezamento
Ao contrário de instituições como o Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas, o G8 não possui uma administração transnacional. A presidência do Grupo é trocada todo ano. Em 2006, está a cargo da Rússia.
- O encontro anual
O país na liderança fica encarregado de organizar uma reunião anual com todos os presidentes do G8. Ela geralmente ocorre entre o final do primeiro semestre e o começo do segundo, e tem duração de três dias.
- A pauta
Nos três dias de reunião, são debatidos temas repletos de polêmica, como o cancelamento de dívidas de países pobres, o controle de emissão de gases poluentes e o processo de paz no Oriente Médio.
- Protestos
A relevância dos temas tratados não poderia passar sem duras críticas. Movimentos antiglobalização e pelo meio ambiente não são convidados, mas sempre se apresentam como um evento à parte durante as reuniões do G8.