Bolsonaro será entrevistado na Record durante debate da Globo; Ciro, Alckmin e Haddad tentam vetar

Candidato do PSL não poderá ir ao debate por ordem médica e ainda deve fazer uma live no Facebook durante o horário eleitoral

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Vetado por ordem médica de participar do debate da TV Globo nesta quinta-feira (4), o candidato Jair Bolsonaro (PSL) terá uma entrevista gravada transmitida no mesmo horário (22h) pela TV Record. O deputado se recupera de uma facada e a recomendação médica é de que ele não saia de casa.

Estava prevista uma live de Bolsonaro no Facebook neste horário do debate, mas segundo a Folha de S. Paulo a equipe do presidenciável avalia agora realizar a conversa com eleitores durante o horário eleitoral, entre 20h30 e 20h55.

Apesar de pouco tempo, o Estadão informou que os candidatos adversários de Bolsonaro vão à Justiça para tentar evitar a exibição da entrevista na Record. De acordo com a publicação, eles irão argumentar que a emissora vai favorecer o candidato ao lhe conferir espaço que não foi dado aos demais postulantes.

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Até às 20h, dois pedidos já haviam sido feitos contra a entrevista, um do candidato à presidência Fernando Haddad (PT) e outro do deputado federal Wadih Damous (RJ). O Estadão aponta ainda que o PDT de Ciro Gomes e o PSOL de Guilherme Boulos devem entrar com ações também. Os advogados do PSDB ainda estão decidindo o que farão.

A atitude do candidato pretende “macular o livre arbítrio do eleitor induzindo-o a assistir entrevista de um candidato enquanto os concorrentes ao mesmo cargo se encontram em outra emissora, no mesmo horário, por competição entre canais de TV”, disse o deputado Wadih Damous.

Seu pedido baseado no artigo 45 da Lei 9.504/97, que proíbe o tratamento privilegiado a candidato. “Isto é, a regra materializa que favorecer um postulante em detrimento dos demais constitui transgressão ao princípio da isonomia que deve abraçar o processo eleitoral”, afirma.

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Já a coligação “O Povo Feliz de Novo”, encabeçada pelo PT, diz que a entrevista é um claro “abuso de poder econômico e religioso”. “Ou seja, apesar de Jair Bolsonaro se negar a debater com seus adversários, pretende se utilizar do tempo de uma empresa concessionária de serviços públicos para, de forma privilegiada, expor ao público tudo aquilo que pensa”, diz o recurso.

No domingo (30), o bispo Edir Macedo afirmou em seu Facebook que está apoiando Bolsonaro na campanha presidencial.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.