Bolsonaro promete ministério 50% militar e dispara: “não é a imprensa ou o STF que vai falar o limite pra mim”

Deputado federal concedeu entrevista para a Folha e não escondeu pretensões presidenciais

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (13), o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) não escondeu suas pretensões presidenciais e prometeu nomear militares para metade de seu ministério se eleito presidente. “Se eu chegar lá um dia [na Presidência], vou botar militares em metade dos ministérios, gente igual a mim. Ele está botando gente igual a ele. Quer que eu continue? Acho que não precisa.”

O parlamentar ainda atribuiu o seu desempenho nas pesquisas eleitorais (ele possui 9% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha e também apresentou forte pontuação na CNT/MDA) à defesa da violência como meio para combater a violência. “Você não combate violência com amor, combate com porrada, pô. Se bandido tem pistola, [a gente] tem que ter fuzil”, afirmou. Quando perguntado sobre o processo em que é réu por suposta incitação ao crime de estupro e injúria, ele afirmou: “não vou discutir. Não é a imprensa nem o Supremo que vão falar o que é limite pra mim. Vão catar coquinho, não vou arredar em nada, não me arrependo de nada que falei”.

Bolsonaro ainda criticou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, afirmando que ele está “para ganhar o título de princesa Isabel da maconha, porque quer liberar as drogas no Brasil” e disse que nem iria responder se admira Lula: “pelo amor de Deus”.

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Ao avaliar o governo Michel Temer na economia, ele afirmou que a  âncora da inflação é a perda de poder aquisitivo, sem mérito do governo. Bolsonaro ainda afirmou ser contra a reforma da previdência. “É um remendo de aço numa calça podre. Está muito forte a proposta dele”. O deputado ainda afirmou que Temer “está fazendo tudo para se manter vivo, só isso. Não vou ajudar a desestabilizar, mas não votar tudo o que ele quer. Meu voto não é comprado”.

 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.