Bolsonaro mantém liderança; Haddad salta de 3% para 11% com apoio de Lula, mostra pesquisa XP

Levantamento mostra deputado na dianteira nos cenários sem Lula, mas sem conseguir capitalizar efeitos da greve dos caminhoneiros

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Poucos dias após o fim da greve dos caminhoneiros, Jair Bolsonaro mantém a liderança da disputa presidencial nos cenários sem o ex-presidente Lula. O deputado, contudo, não conseguiu capitalizar, até o momento, os efeitos das manifestações e ampliar vantagem sobre os adversários. Segundo pesquisa realizada pelo IPESPE (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) entre os dias 4 e 6 de junho, a terceira encomendada pela XP Investimentos, Bolsonaro tem entre 21% e 23% das intenções de voto nas simulações sem o petista. O levantamento também mostrou Fernando Haddad numericamente à frente de Ciro Gomes quando o nome do ex-prefeito paulistano é associado à figura de Lula. O levantamento ouviu 1.000 entrevistados por telefone. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

No primeiro cenário estimulado testado, que desconsiderou o lançamento de uma candidatura própria pelo PT, Bolsonaro (PSL) obtém 23% das intenções de voto, o que representa uma oscilação para baixo de 2 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, realizado entre 21 e 23 de maio. Na sequência, aparece Marina Silva (Rede), com 13% das intenções de voto, 1 ponto abaixo do percentual registrado no mesmo período. A ex-senadora está tecnicamente empatada com Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará, que tem 11%. No levantamento anterior, o pedetista tinha 9% de apoio. Logo atrás, aparece o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), com 8% das intenções de voto, em uma oscilação de 1 ponto para baixo em comparação com os dois levantamentos anteriores. Álvaro dias tem 7%, 2 pontos acima do patamar registrado em maio. Brancos nulos e indecisos somam 32%, uma queda de 6 pontos em relação à última pesquisa.

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No segundo cenário testado, em que a candidatura do ex-prefeito paulistano Fernando Haddad é considerado candidato pelo PT, Bolsonaro tem 22% das intenções de voto, mesmo patamar do levantamento anterior. Na sequência, aparecem Marina Silva, com 13%; Ciro Gomes, com 11%; e Geraldo Alckmin, com 8% — todos com patamar igual ao da quarta semana de maio. Já Álvaro Dias oscilou de 4% para 6%. Haddad manteve os 3% da pesquisa anterior. Brancos, nulos e indecisos somam 30%, 2 pontos abaixo do percentual de duas semanas atrás.

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Em uma simulação que associa seu nome à figura de Lula, Haddad salta para 11% das intenções de voto, 10 pontos atrás de Bolsonaro. Este cenário não havia sido testado nas pesquisas anteriores. O petista tem o mesmo patamar que Marina Silva e supera numericamente Ciro Gomes, apesar de os dois estarem tecnicamente empatados neste cenário. Geraldo Alckmin tem 8% e Álvaro Dias, 6%. Brancos, nulos e indecisos somam 27%.

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Em uma simulação considerando a candidatura de Lula, o ex-presidente lidera a disputa com 30% das intenções de voto, 10 pontos à frente de Bolsonaro. Em relação ao levantamento anterior, o petista oscilou 2 pontos para cima, ao passo que o deputado caiu 5 pontos. Na sequência, aparece Marina Silva, com 10% (mesmo patamar de maio) e Alckmin com 7% (1 ponto mais baixo). Ciro Gomes tem 6% neste cenário, enquanto Álvaro Dias tem 5%. Brancos, nulos de indecisos somam 16%.

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Na situação de indicação espontânea de voto, Bolsonaro e Lula aprecem empatados com 14%. No levantamento anterior, o parlamentar tinha 18% contra 12% do petista. A dupla aparece com larga vantagem em relação aos adversários. Ciro Gomes, Alckmin e Álvaro Dias têm 2% cada. Marina Silva tem 1%. Brancos, nulos e indecisos somaram 62%. As indicações de voto espontâneas são um importante sinalizador da cristalização do apoio a cada candidato.

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Segundo turno

Seis cenários foram testados para segundo turno pela pesquisa. No primeiro, Alckmin derrotaria Haddad por 30% a 20%. No último levantamento, o placar era 28% a 25% a favor do tucano.

No segundo, Lula estaria à frente na disputa contra Bolsonaro por 40% a 35%, perto do limite da margem de erro. Em maio, o placar era de 38% a 36% a favor do deputado.

Na terceira simulação, Bolsonaro aparece à frente de Alckmin por 34% a 29%, também perto do limite da margem de erro. Na pesquisa anterior, a distribuição de votos era 35% a 28%.

Na quarta simulação, Marina e Bolsonaro aparecem tecnicamente empatados, com 36% e 35%, respectivamente. Antes, o militar vencia por 37% a 31%.

Na quinta, Ciro Gomes aparece à frente de Alckmin por 32% a 29%. Antes, o placar era favorável ao tucano por 30% a 27%, em empate técnico.

Na sexta, Bolsonaro e Ciro estão tecnicamente empatados, mas com o deputado à frente numericamente: 35% a 33%. A vantagem, contudo, já foi de 9 pontos percentuais.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.