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SÃO PAULO – No encontro em que iria oficializar sua filiação ao PEN (Partido Ecológico Nacional) na última quinta-feira (10), o deputado e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) provocou uma saia justa ao partido ao condicionar seu ingresso ao recuo em uma ação aberta no Supremo Tribunal Federal que classificou como “anti-Lava Jato”. Estava tudo ponto para a festa, mas a nova condição imposta pelo parlamentar pôs água no chope do partido.
O PEN tem uma ação protocolada no STF tentando a reversão do cumprimento de ordem de prisões após julgamentos pela segunda instância. Nessa situação, o advogado que representa o partido é Antonio Carlos de Almeida Castro — o Kakay –, que atua na defesa de políticos como os senadores Romero Jucá (PMDB-MG) e Edison Lobão (PMDB-MA).
O deputado, que pretende candidatar-se à presidência no ano que vem, acredita que a ação será julgada como favorável no momento oportuno, o que voltaria a condicionar prisões a decisões com trânsito em julgado. “Tenho certeza que foi de boa-fé, mas foi o PEN quem patrocinou esse recurso. Com o fim da Lava Jato, essa maldade terá um pai, e chama-se PEN. Ninguém vai fugir dessa verdade”, disse Bolsonaro.
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Não foi dessa vez que o deputado se filiou ao partido. Segundo ele, a despeito do constrangimento gerado, “o namoro continua”. Essa é a segunda exigência que o deputado faz para se filiar ao PEN. Antes, ele havia pedido que o partido trocasse de nome. Em consulta online, os internautas elegeram “Patriota”. O pedido para oficializar a mudança ainda será feito ao Tribunal Superior Eleitoral.