Bolsonaro exonera diretor-geral da PF; escolha de substituto está no centro da atenções

Moro teria resistido à troca de Maurício Valeixo e indicado que poderia deixar o cargo caso a saída se confirmasse

Equipe InfoMoney

Mauricio Leite Valeixo (crédito: DENIS FERREIRA NETTO/ESTADÃO CONTEÚDO)

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SÃO PAULO – Maurício Leite Valeixo foi exonerado do cargo do diretor-geral da Polícia Federal. O decreto, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e por Sergio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública, foi publicado no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (24).

De acordo com a assessoria de imprensa do ministério da Justiça e Segurança Pública, Moro fará pronunciamento na manhã desta sexta-feira no auditório da pasta em Brasília, às 11h.

Segundo noticiaram Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e o G1 ontem, Moro teria resistido à troca e indicado que poderia deixar o cargo caso a saída de Valeixo se confirmasse.

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“Recomendamos atenção a quem será o substituto de Valeixo. Isso vai definir a permanência de Sérgio Moro no governo”, analisa a XP Política.

Valeixo foi escolhido pelo ministro para o cargo no início do ano passado. Antes do cargo atual, comandou a Diretoria de Combate do Crime Organizado da Polícia Federal e foi superintendente da corporação no Paraná, onde teve mais contato com o então juiz federal Sérgio Moro, nas investigações pela operação Lava-Jato.

A insistência de Bolsonaro em mexer nos cargos de comando da Polícia Federal tem criado problemas para a relação com Moro.

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Antes da pandemia do novo coronavírus, Moro era o nome mais popular do governo Bolsonaro – passando a perder para Luiz Henrique Mandetta, que comandou o Ministério da Saúde até a última sexta-feira (17), no enfrentamento à crise sanitária.

De acordo com pesquisa XP/Ipespe, realizada entre 20 e 22 de abril, Moro conta com 52% de avaliações positivas contra 21% negativas e uma nota de 6,2 em uma escala de 0 a 10 – ao passo que Bolsonaro tem 41% de avaliações positivas, 34% negativas e uma média de 5,1.

Além disso, o ex-juiz federal da Operação Lava-Jato tem forte endosso entre o eleitorado bolsonarista, o que amplifica os riscos políticos para o presidente em caso de rompimento das relações entre os dois.

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