Bolsonaro escolhe Augusto Aras para PGR

Advogado ainda deve passar por uma sabatina no Senado para ser confirmado no cargo

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O subprocurador-geral da República Augusto Aras foi escolhido nesta quinta-feira (5) para substituir Raquel Dodge no comando da Procuradoria Geral da República (PGR). O anúncio foi feito pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Já estou apanhando da mídia. Esse é um bom sinal, sinal que a indicação nossa é boa. Acabei de indicar o senhor Augusto Aras para chefiar o Ministério Público Federal”, disse o presidente em cerimônia de inauguração do Observatório da Agropecuária.

Durante o evento, Bolsonaro afirmou que Aras terá “respeito” ao produtor rural e irá casar “preservação” e o trabalho no campo. “Uma das coisas conversadas com ele, já era sua prática também, é na questão ambiental. O respeito ao produtor rural e também o casamento da preservação do meio ambiente com o produtor”, afirmou.

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Ele ainda deve passar por uma sabatina no Senado para ser confirmado no cargo, mas a expectativa é que isso aconteça rapidamente já que o mandato de Dodge na PGR termina dia 17 de setembro.

A escolha gera polêmica, já que Aras não fazia parte da lista tríplice de nomes sugeridos pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) à Presidência da República para assumir a PGR. Por outro lado, Bolsonaro não era obrigado a escolher algum dos nomes da lista.

Nos dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva e nos governos Dilma Rousseff, o escolhido para comandar a PGR foi o primeiro nome da lista, enquanto na presidência de Michel Temer, a escolhida, Raquel Dodge, era a segunda da lista.

O advogado está no Ministério Público Federal (MPF) desde 1987 e define-se como conservador. Em uma entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”, Aras criticou a existência da lista tríplice dizendo que isso acaba reproduzindo os vícios da política partidária.

Procuradores não podem atuar como advogados, mas no caso de Aras, como ele entrou para o MPF antes da promulgação da Constituição, ele teve o direito de escolher manter sua atuação nas duas áreas. Se o Senado aprovar sua escolha, porém, ele terá de deixar suas funções como advogado.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.