Bolsonaro encaminha ao Senado indicação de Aras para segundo mandato na PGR

Em curto comunicado, o procurador-geral agradeceu o presidente pela sua indicação

Reuters

Augusto Aras, procurador-geral da República (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro enviou nesta terça-feira ao Senado a proposta de recondução de Augusto Aras para um segundo mandato à frente da Procuradoria-Geral da República.

“Encaminhei ao Senado Federal mensagem na qual proponho a recondução ao cargo de procurador-geral da República o sr. Antônio Augusto Aras”, escreveu o presidente em suas redes sociais. O mandato atual de Aras se encerra em setembro.

Em curto comunicado, o procurador-geral agradeceu o presidente pela sua indicação. “Honrado com a recondução para o cargo de procurador-geral da República, reafirmo meu compromisso de bem e fielmente cumprir a Constituição e as leis do país”, disse ele.

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Apesar de criticado dentro da procuradoria, Aras, que foi escolhido por Bolsonaro fora da tradicional lista tríplice preparada pelos procuradores, tem a simpatia do presidente. Durante seu mandato, o procurador-geral tem evitado avançar em investigações que desagradam o governo federal.

O atual procurador-geral tem sob seu comando dois inquéritos que envolvem diretamente Bolsonaro. O primeiro, aberto ano passado, apura se ele interferiu no comando da Polícia Federal, caso que levou à saída do governo do então ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro.

O outro caso apura se o presidente cometeu o crime de prevaricação ao supostamente não ter investigado suspeitas de irregularidades na contratação da vacina indiana Covaxin contra Covid-19.

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Apesar desses casos e de outros que envolvem aliados do presidente, Aras e a equipe dele nunca atuaram ativamente no avanço dessas investigações durante os quase dois anos do atual mandato.

O procurador-geral também tomou iniciativas para desidratar o poder da Lava Jato, em meio à crise que as forças-tarefas da operação passaram sob a desconfiança de suspeitas de irregularidades em sua atuação. Essa atuação, além de não ter avançado sobre investigações em relação a integrantes do Congresso, levou-o a ganhar simpatia dos parlamentares.

O nome de Aras chegou a ser lembrado para a segunda escolha de Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal. Mas o presidente preferiu indicar o chefe da Advocacia-Geral da União, André Mendonça, para a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello no início do mês.

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Caberá ao Senado analisar, em votação secreta, após sabatina, se dará o direito a Aras permanecer no cargo até setembro de 2023.

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