Bolsonaro e Haddad têm 60% de chances de irem para o 2º turno, diz Eurasia; TV não será suficiente para Alckmin

Para o analista da consultoria política, o candidato tucano não conseguirá se aproveitar do seu principal trunfo: o tempo de TV

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A propaganda eleitoral começa na próxima sexta-feira (31) e é vista como um dos maiores trunfos de Geraldo Alckmin (PSDB), que ainda patina nas pesquisas, mas conta com um grande tempo de televisão e rádio. 

Porém, para a consultoria de risco político Eurasia, uma das maiores e mais influentes do mundo, o tempo de TV não será suficiente para que o tucano vá para o segundo turno. Em entrevista à Bloomberg, o analista político Silvio Cascione destacou que a probabilidade maior é de que Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), o provável substituto do petista Luiz Inácio Lula da Silva na campanha eleitoral, passem para a próxima etapa. 

Cascione vê 60% de chances de Bolsonaro ir para o segundo turno e também de 60% de Haddad ir para a etapa final. Ele ainda é taxativo: “a TV não é suficiente para Alckmin ir para o segundo turno”. 

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Juntos, os programas dos candidatos à Presidência da República ocuparão dois blocos de 12 minutos e 30 segundos cada, totalizando 25 minutos a cada dia de exibição.  Alckmin conta com cinco minutos e 32 segundos no horário eleitoral e 434 inserções, enquanto a coligação do PT tem o segundo maior tempo, com dois minutos e 23 segundos no horário eleitoral e 189 inserções. Já Bolsonaro tem apenas oito segundos no horário eleitoral e 11 inserções.

De acordo com o Cascione, a base de votos do candidato do PSL não desidratou, crescendo constantemente desde 2016 e que deve levá-lo ao segundo turno. Além disso, Bolsonaro pode ganhar mais alguns pontos com mais exposição, particularmente no Nordeste. E, num segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, o deputado federal larga em vantagem. 

“A chance de um candidato claramente reformista vencer é baixa, de cerca de 20%. O cenário mais provável é que candidato semi-reformista, com agenda de reformas mas sem tantas condições de aprová-las, ganhe eleição”, aponta o analista político. 

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Cabe ressaltar que as últimas pesquisas eleitorais geraram apreensão no mercado, justamente por mostrar Alckmin, que se apresenta como o candidato mais reformista, com baixa intenção de voto, enquanto Lula segue na dianteira das pesquisas eleitorais, mesmo na iminência de ter a sua candidatura barrada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Os investidores ainda monitoram qual seria o potencial de transferência de voto de Lula para Haddad.

De acordo com a última pesquisa DataPoder360, o potencial de voto para o ex-prefeito de São Paulo é de até 34% em cenário em que ele aparece apoio pelo ex-presidente peitsta. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.