Bolsonaro e ajudante de ordens devem prestar depoimento à Polícia Federal sobre joias sauditas

Depoimento está marcado para o dia 5 de abril, às 14h30; Marcelo Camara, que trabalha na segurança do ex-presidente, também será ouvido pelos agentes

Luís Filipe Pereira

Jair Bolsonaro (PL) fala com jornalistas após debate nas eleições presidenciais de 2022 (Wagner Meier/Getty Images)

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o seu antigo ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, foram intimados a prestar depoimentos na Polícia Federal sobre o caso das joias recebidas quando Bolsonaro era presidente da república, como presentes oferecidos pelo governo da Arábia Saudita. A informação é do blog da jornalista Andreia Sadi, do g1.

O depoimento está marcado para o dia 5 de abril, às 14h30. Marcelo Camara, que trabalha na segurança do ex-presidente, também será ouvido pelos agentes.

Bolsonaro é investigado por tentativa de receber ilegalmente joias com valor total estimado em cerca de três milhões de euros, equivalente a aproximadamente R$ 16,5 milhões, que seguem em posse da Receita Federal. Trata-se de um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de diamantes.

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Além dessa caixa, existem outros itens também recebidos a título de presente do governo árabe, devolvidos pelos advogados de Bolsonaro após ordem expedida pelo Tribunal de Contas da União. Nesse kit devolvido, há um relógio de pulso, um par de abotoaduras, uma caneta, um anel e uma espécie de rosário.

A defesa de Bolsonaro chegou a alegar que os itens eram de caráter personalíssimo, mas a hipótese não foi considerada pelo ministro Bruno Dantas, presidente do TCU, já que as joias são consideradas de alto valor.

Na terça-feira (28), o jornal O Estado de S. Paulo revelou que Bolsonaro recebeu e se apropriou de um outro kit de joias avaliadas em mais de 500 mil reais quando visitou a Arábia Saudita em 2019, e estão em uma fazenda do ex-piloto Nelson Piquet, em Brasília.

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O caso pode levar o ex-chefe do Executivo a responder por crimes de lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos (peculato), descaminho e delitos de natureza tributária. Segundo a Polícia Federal, as apurações envolvendo as joias correm em sigilo, e Jair Bolsonaro não é considerado formalmente investigado. A defesa encara o depoimento como oportunidade para esclarecer questões que envolvem os episódios.

Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a Receita Federal, a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) apuram as circunstâncias que envolvem o recebimento dos presentes.

Três meses depois de embarcar rumo aos Estados Unidos, Jair Bolsonaro (PL) deve retornar ao Brasil na quinta-feira (30). A previsão é que o ex-mandatário chegue ao aeroporto internacional da capital federal às 7h10, onde deverá ser recebido por apoiadores.

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