Bolsonaro fará pronunciamento às 20h30 desta terça-feira sobre vacinação contra Covid

Presidente deve defender vacinação contra o coronavírus como única forma de saída da crise em que o país passa

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O presidente Jair Bolsonaro fará um pronunciamento às 20h30 desta terça-feira em rádio e TV, que terá como tema principal a vacinação contra a Covid-19, informou a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência.

Criticado pela demora e desorganização do governo na aquisição de vacinas contra o coronavírus e pela lentidão no processo de vacinação em curso, o presidente deve reiterar ações tomadas pelo governo para a obtenção de vacinas desde o ano passado, como tem feito em discursos públicos nas últimas semanas, segundo informações da Reuters.

Deve falar também das milhões de doses recentemente contratadas pelo governo e que devem chegar nos próximos meses, como os imunizantes da Pfizer (100 milhões) e da Janssen (38 milhões).

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O presidente também pode aproveitar o pronunciamento para destacar a retomada do pagamento do auxílio financeiro aos chamados vulneráveis, que será reiniciado em abril e deve durar, a princípio, quatro meses, com valor médio de R$ 250 por mês.

Já segundo informações de Veja, Bolsonaro defenderá a vacinação contra o coronavírus como única forma de saída da crise em que o país passa. Além disso, ele defenderá a gestão de seu governo na aquisição dos imunizantes.

O Brasil vive o pior momento da pandemia. Pelo 24º dia seguido, o país bateu na última segunda (22) seu recorde na média móvel de mortes por Covid em 7 dias, com a marca de 2.298, alta de 46% em comparação com a média de 14 dias antes. A marca de 2.000 mortes na média foi ultrapassada pela primeira vez na semana passada. E a de 1.500 mortes, há três semanas.

Na véspera, a Organização Mundial de Saúde alertou que as mortes por Covid dobraram no Brasil no último mês, e ressaltou que, das 60.503 mortes registradas por Covid no mundo nos últimos 7 dias, 15.650, ou 25%, ocorreram no Brasil. A entidade cobrou que a condução da pandemia no Brasil esteja alinhada em todas as esferas de poder.

Nesta terça-feira, cabe ressaltar, Bolsonaro deu posse ao novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em uma cerimônia fechada, em seu gabinete, que não constava na sua agenda oficial. A posse do novo ministro foi confirmada no início da tarde, em nota, pelo Ministério da Saúde.

“O presidente da República, Jair Bolsonaro, assinou o decreto referente à nomeação do novo ministro de Estado da Saúde, Marcelo Queiroga. O ministro foi empossado no cargo em solenidade privada e a publicação se dará em edição extra do Diário Oficial da União”, diz o texto. Ele será o quarto ministro da Saúde durante a pandemia.

A posse estava inicialmente marcada para quinta-feira, mas Bolsonaro decidiu antecipar o evento para permitir que Queiroga participe já como chefe da pasta na quarta-feira da reunião sobre a pandemia com os demais chefes de Poderes, pedida pelo presidente.

A nomeação de Queiroga foi publicada, juntamente com a exoneração de Pazuello no início da tarde desta terça, mas a edição extra não traz nenhuma nova nomeação para o general.

Na manhã de quarta-feira está prevista uma reunião de Bolsonaro com os presidentes dos demais Poderes para discutir o enfrentamento à pandemia. Devem participar os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux; do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG); e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

(com Reuters)

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