Bolsonaro critica TSE, diz que Moraes “matou processo no peito” e promete ir “às últimas consequências” sobre inserções em rádios

Candidato à reeleição insinua que Lula teria sido beneficiado por uma fraude na transmissão de inserções por parte de diversas emissoras de rádio

Marcos Mortari

(Andressa Anholete/Getty Images)

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O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, convocou a imprensa, na noite desta quarta-feira (26), para criticar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de barrar um pedido da campanha do mandatário para investigar um suposto desequilíbrio na transmissão de peças publicitárias dos candidatos em inserções de rádio.

Em um rápido pronunciamento no Palácio da Alvorada, Bolsonaro garantiu que foram apresentadas provas, chamou de “incompreensível” a decisão de Moraes e acusou o magistrado de “matar o processo no peito”. O mandatário diz que apresentará recurso.

“Nosso jurídico deve entrar com recurso, já que foi para o STF (Supremo Tribunal Federal). Da nossa parte, iremos às últimas consequências, dentro das quatro linhas da Constituição, para fazer valer o que nossas auditorias constataram: um enorme desequilíbrio das inserções [de rádios]. Isso interfere na quantidade de votos no final da linha”, afirmou.

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Com isso, Bolsonaro insinua que seu adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teria sido beneficiado por uma fraude na transmissão de inserções por parte de diversas emissoras de rádio, que podem ter garantido melhor desempenho no processo.

“Está comprovada a diferenciação, o tratamento dispensado ao outro candidato”, disse.

“O senhor Alexandre de Moraes matou no peito o processo, encaminhou para o Supremo, para o inquérito de fake news que ele mesmo conduz. Não segue nossa Constituição e não tem respaldo do Ministério Público”, prosseguiu o mandatário.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.