Bolsas do Oriente Médio caem forte, com temor de difusão dos conflitos

Índices de ações da região marcam acentuada queda neste pregão; para economistas, tensão afeta economia globalmente

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SÃO PAULO – Os principais índices de ações do Oriente Médio registram pesadas perdas nesta quarta-feira (2), com destaque para a bolsa de Riad, na Arábia Saudita, cujo índice Tadawul cai 3,99%.

Os investidores repercutem a atual situação política nos países da região, com as manifestações populares espalhando-se por diversos países. O destaque no momento fica por conta da situação na Líbia, onde os conflitos entre opositores e forças do governo seguem bastante intensos e violentos.

Desta forma, os índices das bolsas da região marcam trajetória negativa neste pregão. Nos Emirados Árabes Unidos, o índice da bolsa de Dubai (DFM General) cai 3,53% e é acompanhado pelo índice da bolsa de Abu Dhabi (ADX General), que recua 1,82%. Estão operando no campo negativo também os índices das bolsas de Omã (-1,37%), Qatar (-3,57%), Jordânia (-1,34%) e Bahrein (-1,02%).

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Perspectiva econômica
Segundo Rachel Ziemba, da consultoria RGE, a perspectiva econômica para os países da região é nebulosa, mesmo para as nações exportadoras de petróleo, que em teoria poderiam beneficiar-se do aumento da cotação da commodity. As estimativas feitas pela RGE, consultoria de pesquisa econômica dirigida pelo economista Nouriel Roubini, apontam para uma ligeira desaceleração do crescimento econômico do norte da África e Oriente Médio.

Nesse sentido, Ziemba destaca que os países exportadores de petróleo “deverão experimentar um forte aumento no gasto público”, motivado pelas medidas que visam conter a insatisfação popular. Desta forma, essas economias ficariam dependentes de uma alta nos preços do petróleo para equilibrar seus orçamentos.

Consequência não é limitada
Entretanto, as consequências econômicas das manifestações populares não são limitadas ao âmbito do norte da África e Oriente Médio. Nouriel Roubini afirma que “o aumento nos preços do petróleo poderá colocar um significativo risco de queda para o crescimento global”.

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Ademais, o aumento do movimento demográfico também é destacado no relatório da RGE. Para Ziemba, um aumento no número de imigrantes ilegais e refugiados, advindos da região dos protestos, poderia incomodar bastante os países da União Européia, que já enfrentam altas taxas de desemprego e austeridade fiscal.

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