Bolsa: ajustes pontuais são factíveis, mas tendência para o mercado ainda é positiva

Consenso dos analistas é de que pequenas realizações podem ocorrer, mas que mercado tem espaço para novas altas

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A quarta semana de outubro, que tinha ingredientes de sobra para ser conturbada, foi positiva para o mercado financeiro. Rumo ao patamar dos 40 mil pontos, nível perdido em meados do mês de maio, o Ibovespa acumulou ganhos de 1,77% e fechou a sexta-feira cotado aos 39.328 pontos.

Mesmo sugerindo maior parcimônia, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central não trouxe grandes novidades e, na esfera internacional, a decisão do Federal Open Market Committee de manter o juro nos EUA em 5,25% ao ano era esperada e não teve grande influência sobre as cotações. O breve comunicado publicado pelo comitê em conjunto com sua decisão foi recebido com tranqüilidade.

O crescimento aquém do esperado da economia norte-americana no terceiro trimestre chegou a influenciar algum movimento de ajuste, mas não chegou a estressar o mercado. Outro ponto importante diz respeito ao fato de que os candidatos Lula e Alckmin encerraram suas campanhas para o segundo turno sem grandes novidades. A recuperação nos preços de algumas commodities e o bom desempenho das blue chips também beneficiaram.

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Ajustes são factíveis, mas tendência ainda é de alta

Avaliando as perspectivas de curto prazo para o mercado brasileiro de renda variável, o consenso dos analistas consultados pela InfoMoney é de que pequenas realizações de lucros podem ocorrer, devido ao bom desempenho recente do mercado. A aposta majoritária, entretanto, é de que o cenário segue favorável e existe espaço para novas valorizações.

“Os fundamentos da economia brasileira estão equilibrados e os últimos dados da economia norte-americana sugerem uma desaceleração não muito forte da atividade, o que é bom para as empresas e para o fluxo de recursos para os mercados emergentes”, acredita Daniel Gorayeb, da corretora Spinelli.

O economista Mauro Giorgi, da corretora Geração Futuro, apresenta uma visão bastante similar: “Ajustes pontuais são factíveis e até saudáveis. Os novos dados da economia norte-americana devem ser avaliados, assim como a evolução dos preços do petróleo. No entanto, a tendência de alta permanece. Os fundamentos macroeconômicos domésticos e internacionais não me preocupam”.

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Eleições e perspectivas para o Ibovespa

Sem esquecer que neste final de semana teremos o segundo turno das eleições presidenciais, Klaus Nery Teixeira, operador da corretora Diferencial, acrescenta ainda que o mercado parecer já ter precificado a vitória de Lula e não aposta em grandes mudanças na condução da política econômica do país.

“A confirmação de Lula na presidência não deve gerar grandes reações. Alguma coisa neste sentido poderia ocorrer em um segundo momento caso mudanças na diretoria do Banco Central ou nos ministérios fossem implementadas com nomes impopulares. Cenário que não me parece o mais provável”.

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