Boehner alerta: “problemas fiscais dos EUA não serão resolvidos em 2012”

Político destacou a possibilidade de tentar evitar o abismo, mas dificilmente conseguirá algo efetivo até o final do ano

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – John Boehner, o republicano líder da câmara dos deputados nos EUA, alertou: os problemas fiscais do país não deverão ser resolvidos em 2012. Isso abre espaço para que o “abismo fiscal” ocorra – a data em que cortes automáticos de impostos deverão ser cancelados, enquanto novas tarifas serão criadas.

O político destacou a possibilidade de tentar evitar o abismo, mas dificilmente conseguirá algo efetivo. Ele não descartou novos impostos – mas disse que quer o crescimento do país garanta o crescimento das receitas necessárias para a solução do abismo. 

Atualmente, o congresso norte-americano está no que chamam de “lame-duck”, sessões de um congresso antigo antes que o próximo tome posse. Como a posse está prevista para janeiro, Boehner e os outros deputados terão até o fim do ano para evitar o “abismo fiscal”, que está marcado para o dia 1º de janeiro. 

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Ao contrário do que se esperava, os democratas, partido do presidente, não retomaram a maioria na câmara dos deputados, que permanece com os republicanos. Assim, as negociações para evitar o abismo deverá ser mais feroz – e corre-se o risco de que o abismo venha a ocorrer. 

Duas das principais agências de classificação de risco, a Moody’s e a Fitch, alertaram a possibilidade de um rebaixamento do rating soberano, se a situação não for tratada com agilidade – lembrando que o país corre o risco de atingir o limite da dívida já no início do ano, evento que levou a Standard & Poor’s rebaixar a nação em agosto de 2011.

Muitos fundos demandam em seus prospectos que o investimento tenha nota AAA em pelo menos duas agências. Atualmente, Fitch e Moody’s dão a nota máxima para os Estados Unidos, mas um rebaixamento pode elevar os custos de financiamento do país significamente. Esse cenário traz dúvida para os investidores e vem provocando um efeito manada nas principais bolsas mundiais. 

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