Bloomberg destaca “força de Dilma” com redução da pobreza, apesar de economia débil

Revista destaca que, mesmo com um crescimento econômico débil durante o seu governo, Dilma tem vantagens para se reeleger uma vez que tem o apoio das classes mais baixas

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O cenário político econômico brasileiro e as eleições de 2014 são mais uma vez destaque na mídia internacional, desta vez na revista semanal Bloomberg Businessweek. A revista destaca o cenário atual para as eleições presidenciais ressaltando que, mesmo com um crescimento econômico débil durante o seu governo, a presidente Dilma Rousseff tem vantagens para se reeleger uma vez que tem o apoio das classes mais baixas, que foram beneficiadas através de programas do governo.

A revista faz um contraponto entre Eike Batista, antes o homem mais rico do Brasil e que vê agora o seu império desmoronar e a queda de 16% do Ibovespa, o segundo pior desempenho do mundo, com o de uma moradora da periferia de Teresina, no Piauí, que “está se saindo melhor do que nunca” ao sair de uma situação de extrema pobreza, morando em um barraco em meio ao esgoto a céu aberto, para uma casa com água corrente, por meio de um programa financiado pelo governo e Banco Mundial.

E ressalta que a moradora, chamada Luzia Souza, é o tipo de eleitor que pode ajudar Dilma a conseguir a sua reeleição no ano, apesar da expansão econômica ter representado metade do ritmo registrado no governo anterior e a inflação tenha excedido o centro da meta oficial, de 4,5%. “Enquanto os investidores focam em taxas de juros crescentes e na piora das contas fiscais, que elevaram a preocupação de um rebaixamento da nota de crédito, ao expandir os programas sociais para os pobres Dilma garantiu o apoio em sua base política”, destaca a publicação.

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Assim, Luzia representa muito bem o segmento da população que pode fazer com que Dilma se reeleja, aponta a Bloomberg Businessweek. A piauiense afirma que certamente está melhor do que alguns anos atrás. Além de receber uma ajuda mensal do governo de R$ 134, tomou empréstimo subsidiado com o governo federal no valor de R$ 2.500 para abrir uma loja de roupas. 

Neste cenário, a revista destaca a maior aprovação de Dilma nos segmentos de menor renda, de 52% entre aqueles que ganham menos de R$ 1.356 por mês, enquanto é de zero entre aqueles com renda maior de R$ 33.900 por mês, segundo uma pesquisa do Datafolha realizada em 28 e 29 de novembro.

E ressalta que Dilma vem ampliando os seus programas sociais para que cada família registrada receba pelo menos R$ 70 por pessoa por mês. Até o início de 2014, o governo espera incluir no programa as últimas 700.000 famílias, ou cerca de 2,2 milhões de pessoas, com renda abaixo desse número.

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E o governo acredita que a pesquisa sobre extrema pobreza de 2013 mostrará que ela está abaixo de 3%, nível que o Banco Mundial considera equivalente à erradicação – atualmente o nível está em 3,6%. Neste ambiente, a permanência de Dilma é bem vista por boa parte da população, podendo representar a sua permanência no cargo por mais quatro anos. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.