Bernie Sanders desiste de candidatura e Joe Biden deve ser o adversário de Trump nas eleições dos EUA

Após ter um bom início nas primárias, o senador perdeu força e foi ficando para trás na disputa democrata

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O senador de Vermont Bernie Sanders desistiu nesta quarta-feira (8) de sua candidatura à presidência dos Estados Unidos pelo partido democrata, o que garante a vaga ao ex-vice-presidente Joe Biden, que irá enfrentar Donald Trump na eleição geral de novembro.

Em pronunciamento aos apoiadores, ele disse que o caminho para ganhar a indicação democrata é “virtualmente impossível”, acrescentando que ele não deseja se esforçar em uma campanha condenada, enquanto a pandemia de coronavírus se espalha pelo país.

“Não posso, em sã consciência, continuar a montar uma campanha que não pode vencer e que interferiria no importante trabalho exigido de todos nós nesta hora difícil”, disse.

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No discurso, Sanders ainda chamou Biden de “um homem muito decente” e que irá trabalhar junto com ele. “Estaremos unidos para derrotar Trump, o presidente mais perigoso que essa nação já teve”, afirmou o senador.

Apesar de dar a vitória para o ex-vice-presidente, ele também disse que irá permanecer nas urnas e continuaria a reunir delegados para poder levar os democratas para mais perto de sua visão.

“Vou permanecer nas urnas e continuar a reunir delegados […] Devemos continuar trabalhando para reunir o maior número possível de delegados na convenção democrata, onde poderemos exercer influência significativa sobre a plataforma do partido e outras funções”, afirmou.

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Após ter um bom início nas primárias, o senador perdeu força e foi ficando para trás na disputa conforme Biden vencia nos principais estados e ainda ganhava apoio dos outros pré-candidatos que desistiram da corrida.

Os números mostravam que o eleitorado via pouca chance de Sanders conseguir vencer Trump, diferente do ex-vice-presidente, e por isso Biden foi ganhando cada vez mais força na disputa.

No fim de março, o senador chegou a reforçar que seguiria na disputa, afirmando que iria participar do próximo debate, em abril. Ele ainda estava ressaltando seu trabalho no Congresso na luta para combater a atual crise.

Nas últimas semanas, conforme a crise do novo coronavírus adiou diversas primárias e levantou dúvidas sobre como será a campanha deste ano, integrantes do partido democrata pediam pela desistência de Sanders.

Além de não serem muito apreciadores das propostas mais extremistas do senador, estes democratas defendiam uma maior união no partido e contando com apenas um candidato desde já, poderiam trabalhar por mais tempo na imagem dele para ter mais força na eleição contra Trump.

No pronunciamento, Sandres ainda disse que algumas de suas ideias passaram a ser mais aceitas no país, como aumento do salário mínimo, o barateamento do ensino superior e, principalmente, um sistema de saúde pública.

“Nós sempre acreditamos que serviço de saúde é um direito humano, e não um benefício para pessoas empregadas”, afirmou. “Essa crise horrível expôs a todos como é absurdo o nosso sistema”, completou Sanders.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.