Bernardinho compara 2018 à “Olimpíada para o Brasil” e diz por que trocou o PSDB pelo Novo

Cotado para disputar o governo do Rio, o ex-técnico da seleção brasileira de vôlei afirmou durante debate na Expert 2017 que não é candidato, mas que quer participar  

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Campeão nas quadras, Bernardinho se mostra bem reticente em travar um novo tipo de batalha, desta vez nas urnas (apesar das diversas sondagens). Cotado para disputar o governo do Rio de Janeiro no ano que vem pelo Partido Novo, ele afirma: “não sou hoje candidato a nada”, conforme destacou na última sexta-feira (26) na Expert 2017, evento realizado pela XP Investimentos.  

Porém, isso não quer dizer que ele não queira ser um ator político importante em 2018. “Quero sim participar de alguma forma e criar um ambiente em que, no futuro, os jovens queiram participar mais ativamente”, afirmou. Neste sentido, para ele, a eleição do ano que vem é uma Olimpíada muito importante para a vida política do País: “podemos ganhar ouro ou podemos perder uma oportunidade única”. 

Em debate que também contou com a participação do CEO da Riachuelo, Flávio Rocha, o ex-técnico da seleção destacou ver a preocupação de empresários que deixaram a política de lado por muito tempo e, após serem bem-sucedidos em suas áreas de atuação, ressentem-se de não ter sido mais ativos politicamente. “E nós, como geração, também falhamos. Não conseguimos criar um ambiente propício para a próxima geração. Para que ela possa empreender”. Ele ainda apontou que, atualmente, muitos estão preparando seus filhos para sair do país”.

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Sobre o cenário para as reformas econômicas, Bernardinho disse que os liberais não querem diminuir o estado. “O que a gente quer é um país melhor. E a ineficiência do estado está provada e a conta chegou pra cada um de nós que foi omisso. As reformas são fundamentais. Para mim, é questão de vida ou morte”. 

Para as eleições do ano que vem, Bernardinho demonstrou cautela sobre o cenário. Enquanto Flávio Rocha ressaltou que o vencedor da eleição de 2018 será alguém com viés reformista, o ex-técnico da seleção brasileiro mostrou maior cautela. “Tenho receio é que na disputa um populista se promova como o grande salvador e se sobreponha a um candidato que tenha um projeto real, com ideias interessantes e liberais de que o Estado seja justo para servir à sociedade de forma eficiente e que promova a ideia de livre mercado”. Ele ainda completou: “eu sou um otimista preocupado, mas estamos diante de numa oportunidade única”.

Questionado sobre a sua saída do PSDB e filiação ao Partido Novo, além de suas pretensões eleitorais, Bernardinho esclareceu que foi convidado em 2013 por Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves para ser candidato a governador pelo Rio de Janeiro. Porém, ele não se empolgou porque não havia um projeto e depois decidiu que não gostaria de se candidatar.

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“Quando eu conheci o Novo eu me interessei porque eu posso somar o projeto. Uma vez eu ouvi que enfrentar o Brasil [seleção brasileira de vôlei] era mais do que um jogo, era como se estivessem defendendo uma causa. Eu acredito que as pessoas podem fazer isso e eu quero colaborar. Hoje eu não sou candidato a nada, mas eu quero sim participar de alguma forma. Acho que tem muitas pessoas mais capazes do que eu e quero ajudá-las”, ressaltou. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.