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SÃO PAULO – O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa participou do 8º Congresso Anbima de Fundos de Investimentos e destacou temas como a corrupção entre o governo e as empresas públicas e também respondeu a perguntas sobre se pode se tornar candidato à presidente em 2018 e porque resolveu sair do Supremo.
Após o seu discurso, em que criticou a corrupção empresarial, em sua opinião menos discutida do que na esfera pública, Barbosa respondeu às perguntas da plateia. A última pergunta foi: “o senhor vai nos dar o privilégio de se tornar candidato à Presidência da República em 2018?”
Joaquim Barbosa respondeu: “tornar-se presidente do Brasil é a honra suprema para qualquer pessoa. Mas é preciso ter vontade. E até hoje essa vontade eu não tive não”. Depois, ele completou: “isso não quer dizer que daqui a alguns anos eu não possa vir a ter”.
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Sobre a sua saída do STF no ano passado, Barbosa afirmou que foi uma decisão pessoal e que, já na sabatina no Senado, disse que ficaria no máximo 12 anos no cargo e que ficou onze anos. “Foi uma decisão absolutamente pessoal, que eu alimentava havia algum tempo. Sempre achei, e acho, que as funções públicas têm de ser temporárias, sobretudo topo, de cúpula.”
Ao falar sobre o tema corrupção, o ex-ministro do STF destacou que ela não pode ser eliminada só com regras e fez críticas ao atual sistema político. Barbosa disse que boa parte da corrupção no setor público deve-se ao modelo de organização política, com um “sistema partidário fragmentado” e partidos “destituídos de qualquer ideário”. ” A atividade política tornou-se um meio para atingir outros objetivos que não aqueles de atender aos interesses da comunidade, e de maneira impune”.
Barbosa também fez crítica à presidente Dilma Rousseff, mas sem citar seu nome, criticando-a por não ter vetado o projeto que triplicou os recursos do Fundo Partidário, gesto que ele considerou “absolutamente insensato”. “Ela simplesmente deixou passar. Um erro político imperdoável.”
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Sobre a relação entre os três poderes, Barbosa afirmou que “parece que o esporte do Congresso é derrotar o Executivo” e destacou que o Legislativo ganhou poder, mas ”continua distante” do povo.
Na saída do evento, Barbosa não quis comentar a aprovação de seu substituto, Luiz Edson Fachin.
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