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O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), conhecido como “Banco dos Brics” e atualmente comandado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), anunciou um aporte de US$ 1,115 bilhão (o equivalente a R$ 5,75 bilhões) para financiar obras de infraestrutura no processo de reconstrução do Rio Grande do Sul.
O estado foi devastado pela maior tragédia climática de sua história, com fortes chuvas, enchentes e inundações que já mataram mais de uma centena de pessoas desde o fim de abril. O anúncio do financiamento foi feito pela própria Dilma – que não é gaúcha, mas fez carreira política no estado –, em sua conta oficial do X (o antigo Twitter).
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“Conversei com o presidente Lula e com o governador Eduardo Leite para tratarmos desta situação dramática e definir como prestar ajuda financeira. Quero reiterar minha solidariedade aos gaúchos e aos governos federal e estadual. O Banco dos Brics tem compromisso e atuará na reconstrução e na recuperação da infraestrutura do Estado. Queremos ajudar as pessoas a reconstruir suas vidas”, escreveu Dilma.
“Tenho certeza de que, pela força do povo gaúcho, a solidariedade do povo brasileiro e da comunidade internacional, essa crise será superada. E devemos tomar todas as medidas para que ela não mais se repita. Fiquem firmes e amparados pela esperança e a solidariedade. Estamos juntos”, completou a ex-presidente da República.
Segundo Dilma, os valores devem ser transferidos diretamente para o Rio Grande do Sul e também por meio de parcerias com outras instituições financeiras – entre as quais o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
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Pouco menos da metade do montante de R$ 5,7 bilhões será transferida por meio do BNDES: US$ 250 milhões devem ser destinados a pequenas e médias empresas e outros US$ 250 milhões para obras de proteção ambiental, infraestrutura, água, tratamento de esgoto e prevenção de desastres.
O Banco dos Brics é formado por países emergentes, como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Desde janeiro deste ano, também se tornaram membros Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.
A Argentina, que havia sido formalmente convidada para ingressar no banco, desistiu de aderir após a eleição do atual presidente, Javier Milei.
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Trajetória política no Sul
Antes de ser eleita, pela primeira vez, presidente da República, em 2010, Dilma Rousseff teve uma atuação política centrada no Rio Grande do Sul. Entre 1986 e 1988, quando ainda era filiada ao PDT, Dilma foi secretária municipal da Fazenda de Porto Alegre (RS), na gestão do então prefeito Alceu Collares.
Já nos anos 1990, ocupou por duas vezes a Secretaria Estadual de Minas e Energia (de 1993 a 1995 e entre 1999 e 2002), durante os governos de Alceu Collares e Olívio Dutra.
Em 2003, já no PT, chegou ao Ministério de Minas e Energia do primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pasta que ocupou até 2005. Entre 2005 e 2010, foi ministra-chefe da Casa Civil de Lula, até ser escolhida pelo petista como candidata à Presidência da República.
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Dilma foi eleita presidente em 2010 e reeleita em 2014. Em 2016, foi afastada do cargo por um processo de impeachment.