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SÃO PAULO – Uma das maiores petrolíferas do mundo, a Petrobras é também referência dentro da renda variável. Suas ações e seus ADRs (American Depositary Receipts) são considerados atrativos por investidores domésticos e estrangeiros.
Tal status deixa a estatal como um exemplo contra as críticas direcionadas à administração ineficiente do setor público. Mesmo assim, existem argumentos para questionar o discurso de “compromisso com o mercado”, sempre ressaltado pelos gestores da Petrobras.
É o que mostra avaliação feita pela InfoMoney, em que os usuários do site atribuíram notas à administração da petrolífera. A média ponderada das apurações resulta em um conceito de 4,94.
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Entre elogios e ressalvas
A maior fração dos votos (17,90%) corresponde à nota mínima para a gestão da Petrobras. Mas outros grupos significativos foram menos críticos, avaliando-a entre 5 e 8.
A discrepância das opiniões reflete um balanço entre estratégias de expansão orgânica importantes, como a conquista da auto-suficiência, e práticas que por vezes contrariam o princípio de maximizar valor para o acionista.
Gestão política
Um risco já tradicionalmente associado à administração da Petrobras é o de ingerência política, dada a capacidade da estatal de promover medidas que garantam votos.
José Sérgio Gabrielli, presidente da empresa, ocasionalmente defende sua gestão contra acusações de controle dos preços do petróleo para segurar a inflação ou de licitações com critérios pouco transparentes.
Consumo compulsivo
Outra ressalva está nas manobras de fusões e aquisições. Com uma proposta agressiva de consolidação, vista por alguns economistas como monopolística, a Petrobras compra participações em diversas empresas, por preços às vezes considerados acima dos padrões.
Como exemplo, os analistas do Credit Suisse avaliaram a aquisição da Suzano Petroquímica como fora do foco da petrolífera e carente de uma relação custo-benefício vantajosa.
Operações do tipo não costumam influenciar no preço das ações de maneira isolada, já que a participação do investimento dentro do valor de mercado da petrolífera é frqüentemente irrisória. Contudo, somados os casos, há quem alerte para um custo mais significativo derivado da postura de consolidação setorial.
Confira a avaliação
Que nota você daria para a gestão e administração da Petrobras? | Votos | Percentual |
0 | 432 | 17,90% |
1 | 60 | 2,49% |
2 | 117 | 4,85% |
3 | 121 | 5,01% |
4 | 204 | 8,45% |
5 | 338 | 14,00% |
6 | 276 | 11,43% |
7 | 300 | 12,43% |
8 | 263 | 10,89% |
9 | 112 | 4,64% |
10 | 191 | 7,91% |
Total | 2.414 | 100% |