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SÃO PAULO – A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a surpreender. Mas, desta vez, sob uma conotação negativa. A imunidade da aprovação a Lula mesmo diante de casos de corrupção envolvendo integrantes do governo não se repetiu em levantamento feito recentemente pela InfoMoney.
Pesquisa para avaliar o Poder Executivo do Brasil resultou em uma nota média de 2 pontos, em uma escala de 0 a 10. Aproximadamente metade dos consultados escolheram a nota mínima para qualificar o presidente.
Uma das principais críticas contra Lula é não aproveitar a maioria no Congresso e a relativa aprovação popular para avançar em reformas estruturais. A recente crise no setor de aviação, por exemplo, acalorou a discussão.
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Junto à expectativa de expansão da economia entre 4% e 5%, é cada vez mais patente a necessidade de avanços em energia e infra-estrutura para o tão esperado crescimento sustentável.
Desconfiança
Um certo estigma de descrença no Poder Executivo também pode explicar a baixa empatia dos investidores em relação ao presidente. Em geral, a relação da Bolsa com o petista é permeada por certa desconfiança, se analisados os históricos de desempenho de indicadores de risco e do principal índice de ações da Bovespa.
Em 2002, quando o Brasil vivia a expectativa de que o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva adotaria uma política econômica heterodoxa, o risco-país chegou a bater 2.436 pontos-base em setembro, poucos dias antes do primeiro turno. Atualmente, o indicador está próximo dos 200 pontos.
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Após as perdas de 2002, o mercado acionário brasileiro acumula quatro anos consecutivos de valorização. A adoção de uma política monetária responsável somada a um cenário externo bastante positivo permitiu estabilidade macroeconômica. O que ajudou a deixar o País perto do “grau de investimento”.
Imunidade
De forma recorrente, outras pesquisas de opinião revelaram uma espécie de proteção do petista frente à denúncias de corrupção contra aliados políticos. Pivô de uma crise generalizada no governo em 2005, o esquema do “mensalão” jogou o até então chamado partido da ética no meio de evidências de desvios de verba pública. Mas nem isso abalou a imagem do ex-líder sindical.
Veja os resultados da avaliação
Que nota você daria para o Poder Executivo brasileiro? | Votos | Percentual |
0 | 1099 | 49,89% |
1 | 138 | 6,26% |
2 | 255 | 11,58% |
3 | 156 | 7,08% |
4 | 175 | 7,94% |
5 | 143 | 6,49% |
6 | 66 | 3,00% |
7 | 54 | 2,45% |
8 | 45 | 2,04% |
9 | 12 | 0,54% |
10 | 60 | 2,72% |
Total | 2.203 | 100% |