Ausência de Marta pode determinar vitória de Aécio em São Paulo, acreditam petistas

A rejeição a Haddad também teria contribuído para os resultados adversos de Dilma no primeiro turno; derrota de Padilha também é atribuída à ausência da ministra como puxadora de votos em São Paulo.

Marcello Ribeiro Silva

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SÃO PAULO – Considerada uma importante puxadora de votos em São Paulo em outras corridas eleitorais, Marta Suplicy, ministra da Cultura, está completamente afastada da campanha do PT.

A ausência foi sentida, tanto que no Estado, Aécio Neves, candidato à presidência do PSDB, sustentou uma vantagem superior a 4 milhões de votos frente à Dilma Rousseff, presidenciável do PT.

A ex-prefeita de São Paulo, que sempre foi influente entre os eleitores da periferia da capital paulista, está afastada de Dilma desde que o ex-ministro Juca Ferreira foi chamado para coordenar o programa de Cultura do comitê da reeleição em setembro. Com isso, iniciaram os boatos de que Ferreira assumiria o lugar de Marta caso a presidente fosse reeleita.

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Segundo informações da colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, os problemas entre Marta e Dilma começaram no início de 2014, quando a ministra organizou jantares, nos quais propunha uma reflexão sobre uma possível candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência já em 2014, diante da rejeição ao nome de Dilma pelo eleitorado.

De acordo com Eduardo Suplicy, senador e ex-marido de Marta, o último encontro oficial entre as duas aconteceu no final de setembro no Largo 13 de Maio. Antes disso, tinham se encontrado no início de agosto em um evento de campanha em Osasco.

“Eu estive em algumas ocasiões participando da campanha ao lado de Marta. Na maior parte das vezes, Alexandre Padilha estava presente”, pontuou.

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Alguns petistas dizem que a ausência de Marta pode determinar a vitória do presidenciável tucano no segundo turno no Estado de São Paulo. Membros do PT ainda apontam que Padilha, que se candidatou para o governo de São Paulo e perdeu para o governador Geraldo Alckmin, do PSDB, poderia ter tido chances se Marta tivesse participado na linha de frente da campanha.

A rejeição ao prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, do PT, também teria contribuído para os resultados adversos de Dilma e de Padilha no Estado no primeiro turno.

Para o deputado Vicente Cândido, a ausência de Marta é sentida pelo eleitorado. ”É prejudicial não ver a Marta na linha de frente nesse momento. A direção da campanha deveria procurá-la e convidá-la para uma participação mais efetiva”, explicou.

Há dois anos, a indicação de Haddad à eleição municipal também teria sido marcada por problemas com a ministra. Apenas após ter sido convidada pela presidente para assumir o Ministério da Culturta, a ex-prefeita cedeu e entrou na campanha do atual prefeito da capital paulista.

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